sábado, 29 de maio de 2010

Premio "Da Vinci Huis" premia bibliotecária mineira

A vencedora do prêmio ‘Da Vinci Huis – IASL Fund’ é Lília Virgínia Martins Santos, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Lília é Bibliotecária da Escola Municipal Padre Francisco Carvalho Moreira e responsável por outras cinco bibliotecas que fazem parte da Rede de Bibliotecas Escolares coordenada pela Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, que reúne as 181 bibliotecas das escolas do Município.

Tem atuação bastante diversificada e ativa, não só no âmbito desta Rede − da qual foi coordenadora no período de 2006 a 2009 − como também em outras esferas, atuando na capacitação de pessoas para trabalhar em bibliotecas escolares, proferindo palestras, cursos e participando de eventos e de mesas de debates sobre o tema.

É formada em Magistério e Biblioteconomia e é mestre em Ciência da Informação pela Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde defendeu a dissertação intitulada: Divulgação da literatura destinada a crianças e adolescentes: a prática de editoras mineiras.

O Blog da biblioteca que Lilia coordena divulga as atividades ali realizadas, e é um convite para se conhecer aquela biblioteca e a bibliotecária.

Lília tem uma visão positiva da questão da biblioteca escolar no Brasil, afirmando que “Acredito que minha experiência, como responsável pela biblioteca-polo e como coordenadora do Núcleo de Bibliotecas, mostra um exemplo positivo do trabalho com bibliotecas escolares no Brasil.”

Segundo ela, o Prêmio lhe dará oportunidade de conhecer a atuação de profissionais de diversos países, possibilitando adquirir conhecimentos que poderão levar à criação de redes de profissionais com interesses em comum e ao fortalecimento da temática biblioteca escolar na área de estudo da biblioteconomia. Com isso, Lília demonstra possuir uma visão global de sua ação e apresenta todos os requisitos para representar o Brasil na 39ª Conferência da Associação Internacional de Bibliotecas Escolares (International Association of School Librarianship - IASL) em 2010, em Brisbane, Austrália, cujo tema é “Diversity, Challenge, Resilience: School Libraries in Action”.


O premio é uma inciativa de Alfred K.Boekhorst, da Fundação holandesa "Da Vinci Huis", e tem por finalidade promover o bibliotecario escolar e sua inserção na comunidade profissional internacional.

Alfred é professor e um dos coordenadores do programa "Training the Trainers in Information Literacy" da ONU e tambem um amigo e colaborador de IASL. Ele ofereceu uma viagem , estadia e a inscrição ao congresso anual da IASL em Brisbane para um profissional de Brasil e outro de Africa do Sul.

Para o premio de 2010 o juri foi composto por: Katharina B. L. Berg - Diretora Regional da IASL para a América Latina e Caribe; Profa. Dra. Bernadete Campello (UFMG - Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar; Eliane Fioravante Garcez (Coordenador - Grupo de Bibiotecários da Área Escolar de Santa Catarina - GBAE/SC)

Atenção bibliotecários de rede escolar: o prémio sera oferecido novamente no ano que vem.

O prof. Albert Boekhorst presidente da Fundação Da Vinci Huis estará presente no II FIBE ( Forum Internacional de Biblioteconomia Escolar) como palestrante, a ser realizado em São Paulo em 2010.
Informações enviadas por Katarina Berg

A chuva que faz o mar

Lei que obriga todas as instituições de ensino, públicas e particulares, a ter biblioteca merece aplausos, mas o largo prazo de dez anos dado para seu cumprimento faz suspeitar das intenções

José de Souza Martins*

É estranhíssimo que num país do tamanho e das justas pretensões do nosso seja necessária uma lei que obrigue escolas públicas e particulares a ter uma biblioteca. Apenas 34,8% das nossas escolas de ensino fundamental a têm. O Censo Escolar de 2009 registra que quase 100 mil escolas estavam desprovidas de biblioteca, imprescindível no ensino que se pretenda sério.

A lei sancionada pelo presidente da República, há alguns dias, que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino público e particular do País é, por isso mesmo, dessas medidas que arrancam aplausos já antes da primeira piscada de olho. Mas antes da segunda piscada já surgem as dúvidas. A própria lei dá um prazo de dez anos para sua execução, o que a torna uma lei de intenções suspeitas, mais para a marola de ocasião do que para efetivas consequências. É tempo excessivo, que permitirá, aos legalmente responsáveis pela implementação da medida, empurrá-la com a barriga, como se diz, sempre podendo pretextar outras prioridades, como é costume entre nós.

O prazo exagerado e descabido deixa a instalação das bibliotecas escolares para um depois de amanhã em que, provavelmente, o livro, com a materialidade que lhe é própria e como o conhecemos, será um objeto em boa parte ultrapassado. O prazo concedido faz parte do elenco das artimanhas bem nossas com que se cria a norma e a obrigação e já se oferece o argumento que desobriga e o artigo de lei que anistia o faltoso e omisso. Nem por isso deve-se perder a deixa, mesmo que seja para malhar em ferro frio, para ter o cumprimento do que agora é lei, com a urgência de que a educação carece e não com o sossego do deus-dará.

Neste Brasil, em que a educação há muito perdeu o rumo, não só é estranho que numerosíssimas escolas não tenham biblioteca, supostamente ferramenta integrante do aparato de ensino e fator de socialização das novas gerações no padrão de civilidade que a modernidade exige, muitíssimo acima da indigência educacional em que nos encontramos. Estranho é, sobretudo, que os próprios docentes não tenham tomado a iniciativa, em suas escolas, de desencadear movimentos sociais de reivindicação e pressão junto à comunidade e aos governos em favor da instalação de bibliotecas escolares. Toda a prontidão, patriótica aliás, que nossos educadores já tiveram em tempos idos perdeu-se nas últimas décadas, na mentalidade redutiva e copista que transformou a escola em pobre imitação da fábrica.

Sindicalismo e produtivismo aboliram a criatividade do educador, conformado com o absurdo de lecionar sem fazer da biblioteca a coadjuvante compulsória de um ideal de educação que nos levasse muito além do limbo em que nos encontramos. O nosso Malba Tahan, no tempo da escola risonha e franca, já ensinava que "quem não lê mal fala, mal ouve, mal vê". Não é tão raro que escolas dotadas de biblioteca, como vi, mantenham-na eventualmente fechada, sob pretextos vários, sem que seus professores se sintam cultural e moralmente obrigados a colocar os livros nas mãos dos alunos. Sem, aliás, que os pais sequer percebam que a educação sem livros é própria tão-somente da escola da ignorância.

Muitos alunos fora dos espaços de afluência econômica e das famílias cultas, ou relativamente cultas, não têm em casa sequer o ambiente próprio a ter em mãos, como cotidiano alimento, o livro que ilumina e emancipa. Em muitas famílias pobres, o imaturo nem sequer tem o lugar minimamente adequado para reclinar a cabeça. A biblioteca escolar e a biblioteca municipal constituem, para essa população, não só o lugar dos livros disponíveis para consulta e empréstimo, mas também, e sobretudo, o estúdio de que carecem os que, não o tendo em casa, também têm direito ao recinto próprio para uso e desfrute das coisas do espírito. A escola sem biblioteca é a escola desencarnada, assombração do ensino. A lição de Castro Alves ainda vale: "O livro caindo n’alma / é germe - que faz a palma, / é chuva - que faz o mar".

* JOSÉ DE SOUZA MARTINS, PROFESSOR EMÉRITO DA FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DA USP. É AUTOR, ENTRE OUTROS LIVROS, DE A APARIÇÃO DO DEMÔNIO NA FÁBRICA (EDITORA 34)
Publicado originalmente no Jornal Estado de São Paulo em 29/05/2010
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,a-chuva-que-faz-o-mar,558595,0.htm

Documento obriga escolas a terem biblioteca

Lei prevê que bibliotecas de escolas sejam administradas por profissionais
A lei publicada essa semana no Diário Oficial da União que obriga todas as escolas públicas e privadas a terem uma biblioteca também estabelece que o espaço deverá ser administrado por profissionais da área. Para a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Nêmora Rodrigues, esse detalhe faz toda a diferença porque sem a organização adequada a biblioteca fica subutilizada.

Segundo o Censo Escolar de 2009, 28,2% das escolas públicas do país contam com bibliotecas, atendendo a 53% das matrículas da educação básica. “Nós tivemos muito trabalho para aprovar uma lei que deveria ser o óbvio: todas as bibliotecas deveriam ser aparelhadas e contar com profissionais habilitados”, ressalta Nêmora.

Mesmo que a escola conte com o equipamento, é preciso profissionais capacitados para que o espaço não se transforme em um mero “depósito de livros”. “O profissional da área vai prestar serviços tanto na questão da organização de acervos quanto na promoção das atividades que atraiam os alunos para utilizar a biblioteca para ampliar os conhecimentos de sala de aula. Também é um ponto importante de acesso de informação para professores e a comunidade”, defende a presidente da entidade.

A lei estabelece que toda escola tenha um acervo de livros de pelo menos um título por aluno matriculado. O prazo para instalar as bibliotecas é de dez anos.

Pesquisa divulgada em abril pelo Ministério da Cultura aponta que 445 municípios do país não têm biblioteca, o que representa 8% do total. O estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão (61). As bibliotecas municipais brasileiras têm em média 4,2 funcionários e a maioria (84%) é mulher. Entretanto, 52% dos trabalhadores desses estabelecimentos não têm capacitação para a atividade.

Publicado originalmente Jornal Globo de Sergipe em 29/05/2010
http://emsergipe.globo.com/noticias/?act=visualizar&id=119246&s=brasil&c=Educa%C3%A7%C3%A3o%20&cidade=

Bibliotecas públicas

Carlos Eduardo - Advogado e ex-prefeito de Natal

Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas no ano passado para o Ministério da Cultura constatou que 21% dos municípios brasileiros não possuem bibliotecas públicas municipais. Os pesquisadores visitaram 4.905 municípios e monitoraram outros 600 por telefone. O levantamento mostra que 91% das unidades não oferecem condições de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência visual e 94% não têm serviços que permitam o acesso de pessoas com demais necessidades especiais. Para Fabiano Piuba, diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, o estudo revelou um dado estarrecedor. Segundo ele, “pode parecer incrível, mas alguns gestores se recusam a receber uma biblioteca pública, então é preciso fazer um trabalho de conscientização”. Isso, em pleno século XXI, é um absurdo. Principalmente porque o Ministério vai investir este ano R$ 30,6 milhões em 300 bibliotecas pelo país para a modernização de equipamentos, construção de espaços e adequação dos locais para pessoas portadoras de deficiência. Quer dizer, os recursos estão aí, batendo às portas das prefeituras.

Analisando ainda o estudo sob o prisma da inclusão digital, 45% das bibliotecas contam com computadores com acesso à internet, mas somente 29% delas oferecem tal serviço à população. É de se lamentar, pois 65% dos usuários entrevistados utilizam as bibliotecas públicas municipais para pesquisas escolares. Por tudo isso, em boa hora o presidente Lula sancionou a lei que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país, sejam públicas ou privadas, devendo cada biblioteca ter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado. Como estabelece a lei, as bibliotecas escolares deverão oferecer “coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura”. A legislação determina um prazo de 10 anos para a instalação e funcionamento dessas bibliotecas em todas as escolas brasileiras.

Como vivemos em plena era cibernética, onde, segundo reportagem da revista Veja, mais de 32 milhões de brasileiros, quase metade do total de usuários de internet do país, têm experiência de conexão de banda larga através de milhares de lan houses espalhadas de norte a sul do país, parece ultrapassada a famosa frase de Monteiro Lobato de que “um país se faz com homens e livros”. Na verdade, devemos entender a palavra livros como o arcabouço cultural de um povo, a formação intelectual do indivíduo, em última análise, educação. Foi justamente tal ferramenta que alavancou as economias dos chamados tigres asiáticos, pois ela foi a base do desenvolvimento econômico e social daquelas nações, que impressionaram o mundo com um formidável salto de progresso. Essa percepção presente nas vidas de Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, Cristovam Buarque, dentre outros brasileiros, deve fazer parte do dia-a-dia dos nossos gestores. É a educação a mola propulsora do crescimento econômico e social de um país. E incrementá-la se faz imprescindível a partir dos municípios, a célula menor da administração pública, mas talvez a mais importante por estar tão próxima do cidadão. Em nossa gestão na Prefeitura de Natal, construímos 346 salas de aula e recuperamos outras 261, num total de 607 salas, o que significa que a cada três dias e meio construímos ou recuperamos uma sala. E entendo isto como uma obrigação do gestor público. Afinal, só o saber e o conhecer nos faz avançar.
Publicado originalmente no Jornal Tribuna do Norte em 29/05/2010
http://tribunadonorte.com.br/noticia/bibliotecas-publicas/149750

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Universalização das bibliotecas é tema de entrevista da CBN

O Sistema Conselho Federal de Biblioteconomia – Conselhos Regionais de Biblioteconomia (CFB/Crbs) está celebrando a aprovação da Lei 12.244 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24 de maio, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas escolares e o respeito ao profissional bibliotecário. Este será o assunto do programa Revista CBN (SP 90,5 FM (780AM) - RJ 92,5 FM (860AM) - Brasília 95,3 FM - BH 106,1 FM) neste sábado (29), às 12h30. A jornalista Tania Morales entrevistará a presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo, Evanda Verri Paulino. Para ouvir o programa pela internet, acesse: http://cbn.globoradio.globo.com.

Publicado por PublishNews - 28/05/2010

As bibliotecas devem apostar nas pessoas

A biblioteca do futuro para sobreviver à concorrência com a Internet e profissionais de mídia online, deverá ser essencialmente um lugar de encontro e de trocas, avaliaram na reunião de hoje, os profissionais da área reunidos em congresso em Viena. "Uma biblioteca não são livros, são as pessoas que a animam” disse Eppo van tot Nispen Sevenaer, que dirige a biblioteca pública de Delft (Holanda), citada freqüentemente como um modelo no seu genero .

Les bibliothèques misent sur l'humain
AFP
27/05/2010 | Mise à jour : 18:57 Réaction (3)
La bibliothèque du futur devra être avant tout un lieu de rencontre et d'échanges pour survivre face à la concurrence d'internet et des supports en ligne, ont estimé aujourd'hui des professionnels du milieu réunis en congrès à Vienne. "Une bibliothèque, ce n'est pas les livres, ce sont les personnes" qui l'animent, a déclaré Eppo van Nispen tot Sevenaer, qui dirige la bibliothèque municipale de Delft (Pays-Bas), souvent citée comme un modèle du genre.

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Cadê o livro?

Maria Betânia Monteiro - repórter

O inquérito civil instaurado pelo Ministério Público, publicado na terça-feira no Diário Oficial, apesar de curioso, serve de alerta para uma situação corriqueira em bibliotecas públicas do Estado: a posse indevida do patrimônio público, ou seja, o furto do livro. O inquérito citado tratava da investigação de um livro pertencente ao acervo da Biblioteca Estadual Câmara Cascudo, que não havia sido localizado por um usuário. O motivo do desaparecimento da obra, cadastrada sob o nº 973.917 (Roosevelt, Franklin Delano, presidente dos Estados Unidos, 1882-1945), ainda está sendo investigado, mas a bibliotecária Maria de Fátima adianta a hipótese de ter sido tomado de empréstimo e ainda não devolvido.

Rodrigo Sena
Na Biblioteca Câmara Cascudo há furto de livro e não devolução de obras emprestadasA denúncia foi feita por um frequentador assíduo da Biblioteca Câmara Cascudo. A lei que respalda a denúncia dele, segundo o promotor substituto do Patrimônio Público da comarca de Natal, Giovanni Rosado Diógenes Paiva, é a de número 8.429/92 (como publicado no Diário Oficial do Estado em 25 de maio). A lei dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional. A utilização da lei leva a entender que o que está sendo investigado é a possibilidade dos funcionários da biblioteca terem se apropriado indevidamente do patrimônio público.

O assessor de imprensa do Ministério Público em Natal informou que o promotor não estava fazendo acusações neste momento e sim abrindo um processo de investigação. Na publicação oficial, o promotor notificava o representante da biblioteca, no caso o coordenador Márcio Rodrigues Farias, para apresentar a relação dos demais livros cujo desaparecimento foi por ele identificado. O prazo para que a notificação seja cumprida é de 10 dias.

O VIVER tentou falar com Márcio, mas ele estava na cidade de Carnaubais, interior do estado, para fazer uma palestra. O seu telefone estava desligado. A funcionária Maria de Fátima estava na Biblioteca Câmara Cascudo e falou sobre o inquérito civil.

Com relação à denúncia feita pelo usuário, a bibliotecária disse que era algo inédito na história da biblioteca. Ela lembra bem do dia em que “o senhor, que é um usuário antigo da biblioteca ameaçou denunciar o desaparecimento do livro”. Segundo Maria de Fátima, o senhor tem dificuldades de relacionamento, tanto que a Câmara Cascudo precisou conceder a ele uma série de regalias, para evitar que ele continuasse xingando os funcionários sempre que eles não atendessem às suas necessidades. “Colocamos à disposição uma prateleira com livros só para ele”, disse Maria de Fátima. As exigências exageradas de um usuário são fatos isolados.

A regra mesmo é que centenas de livros são levados diariamente em bibliotecas públicas de todo o Brasil, de forma ilegal ou mesmo em empréstimos nunca devolvidos. E isso acontece todos os dias.

Maria de Fátima disse que existe uma defasagem de funcionários e que por isso não é possível realizar um levantamento mensal, ou anual dos livros que fazem parte do acervo, mas que estão fora da biblioteca. Além disso, ela falou que, apesar da segurança instalada na Câmara Cascudo, o risco dos livros serem roubados continua existindo. Na biblioteca existem dois guardas patrimoniais e funcionários na recepção, que não permitem a entrada de bolsas, pastas e outros utensílios volumosos.

Segundo a bibliotecária, o delito não acontece com frequência. O principal problema é a falta de punição com amparo legal, para usuários que não devolvem os livros tomados de empréstimos. A única repressão, no caso da Câmara Cascudo, é a inviabilização de novos empréstimos.

A Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Rodrigues disse que desconhece a existência de uma lei, obrigando os usuários a devolverem os livros emprestados.
A regra geral em bibliotecas públicas é que a realização de cadastros seja feita mediante a apresentação do RG, do CPF e do comprovante de residência. Mas os dados não têm utilidade, a não ser o de comprovar a existência do usuário. No caso da Biblioteca Câmara Cascudo, até o endereço perde a finalidade, já que os chamados cobradores, não estão à disposição da biblioteca. Seriam eles, os responsáveis para ir até a casa dos usuários resgatarem os livros. O que também não garantiria a reintegração do bem, já que as pessoas têm o livre direito de ir e vir e de mudar de endereço também.

Bibliotecas não têm como punir

Na Biblioteca Escolar Pública Professor Américo Oliveira Costa, localizada na zona norte de Natal, o furto de livros acontece constantemente. Segundo o coordenador da biblioteca, Márcio Lemos, a freqüência dos furtos tem sido cada vez menor pela baixa visitação, mas não o impede de dizer que o fato é um problema real. O coordenador fala que todas as medidas para coibir o furto foram tomadas, como a permanência de seguranças e sistema de conferência de material que entra e sai da biblioteca. Segundo Márcio Lemos, o desfalque só não é maior porque os livros só podem ser consultados internamente. A biblioteca tem cerca de 40 mil livros, entre didáticos e para-didáticos, que auxiliam os estudantes.

Já a biblioteca central da UFRN, a Zila Mamede, a realidade é bem diferente, justamente por haver um sistema de integração entre a biblioteca e a universidade que aprisiona o usuário. Se um usuário pega livros emprestados e não devolve, ele também não cola grau. Para adquirir o diploma universitário é preciso solicitar um nada consta da BCZN, que identifica a existência de pendências. Além disso, segundo a diretora da BCZN Ana Cristina Cavalcanti, a biblioteca oferece uma série de serviços que, se não impede a apropriação indevida, pelo menos inibe. A renovação de empréstimo de livros pela internet e pelo celular é um destes serviços.

Quanto ao furto de livros, a BCZN se resguarda com câmeras de vídeo, funcionários atentos e um sistema que detecta etiquetas magnetizadas afixadas no acervo da biblioteca. O sistema é semelhante ao que se encontra em lojas. E mesmo com todo o aparato, o furto não é evitado. “A apropriação indevida dos livros da BZCN é um delito grave. A investigação e a punição são feitas pela Polícia Federal”, disse Ana Cristina.
Publicado originalmente no Jornal Tribuna do Norte em 28/05/2010
http://tribunadonorte.com.br/noticia/cade-o-livro/149577

Lei que exige criação de bibliotecas atinge maior parte das escolas

Muitas escolas ainda não têm bibliotecas
Estados e municípios, que são responsáveis pelas escolas públicas da educação básica, as 17 universidades federais que têm colégios de aplicação e as entidades mantenedoras das escolas privadas têm prazo de dez anos para implantar bibliotecas em suas escolas. É isso que diz a Lei nº 12.244/2010, que entrou em vigor esta semana.

Dados do Censo Escolar 2009 revelam que a maioria das escolas públicas da educação básica, e parte dos estabelecimentos privados, não têm bibliotecas. Das 152.251 escolas de ensino fundamental, 52.355 têm bibliotecas (e 99,8 mil não têm); no ensino médio, das 25.923 escolas, 18.751 têm biblioteca (7,1 mil não têm).
Na avaliação de Marcelo Soares, diretor de políticas de formação, materiais didáticos e tecnologias da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, mesmo que o universo dos sistemas de ensino que precisa atender a lei seja grande, ela é perfeitamente exequível.

Soares destaca dois fatores da Lei nº 12.244/2010 que favorecem a tomada de providências de prefeitos e governadores. O primeiro é que a lei contempla a diversidade da realidade escolar brasileira ao definir a exigência mínima de um livro por estudante para que a escola inicie sua biblioteca. O segundo é o prazo de dez anos para a efetivação, que é o ano de 2020, próximo do bicentenário da independência.

Sobre a realidade das escolas públicas urbanas e rurais, Marcelo Soares cita dois exemplos que mostram as diferenças e o tipo de tratamento que devem receber. Uma escola rural, multisseriada, com duas turmas de 18 a 30 alunos, por exemplo, tem geralmente uma sala de aula e outra sala para uso da direção, dos professores e do serviço de secretaria.

Hoje, esse tipo de escola não tem sala exclusiva para biblioteca, mas recebeu coleções de livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), enviadas pelo Ministério da Educação. Isso significa, segundo Soares, que os educadores, os estudantes e a comunidade local têm acesso aos livros para leitura e pesquisa. As coleções que estão lá, diz, são o começo de uma biblioteca que deve ser ampliada pela rede a que a escola pertence.

Já escolas com 20 a 25 turmas, cerca de 1 mil alunos, requerem uma estrutura mais complexa com sala, estantes, mesas e cadeiras, um bibliotecário para atender alunos e professores, e um acervo maior e diversificado. Essas escolas também receberam acervos literários do Programa Nacional Biblioteca da Escola. O PNBE é uma ação do MEC que apóia os sistemas públicos de ensino, mas a responsabilidade de construir, aparelhar e manter as bibliotecas escolares é de estados e municípios.

Dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do MEC responsável pelos programas do livro didático e da biblioteca da escola, mostram que as escolas públicas da educação básica receberam 43 milhões de livros de literatura infantil e infanto-juvenil, no período de 2005 a 2010. Mais 1,2 milhão de obras literárias para a educação infantil, ensinos fundamental e médio especial estão em processo de aquisição. Os livros serão enviados a 63.459 escolas.

Além de livros didáticos e de literatura, o Ministério da Educação envia para as escolas públicas uma série de itens – entre eles, laboratórios de informática, aparelhos de TV, vídeo, DVD e programas para uso de alunos e educadores. As obras literárias e os materiais servem de estímulo ao desenvolvimento de crianças e jovens nos campos da leitura, da escrita, da arte e da construção do conhecimento, segundo Soares.
Publicado originalmente no Jornal Correio do Brasil em 28/05/2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Escolas são obrigadas a manter bibliotecas

A partir de agora, todas as instituições de ensino públicas e particulares de todos os níveis de ensino do país terão, obrigatoriamente, que contar com uma biblioteca para atender aos seus alunos. A determinação prevista na Lei Federal n.º 12.244, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada ontem no Diário Oficial da União, demanda ainda outros rigores, entre eles a organização do acervo, que deverá contar com pelo menos um título para cada aluno matriculado, e o respeito à profissão de bibliotecário. O prazo máximo para adaptação e universalização das bibliotecas escolares é de dez anos.

No Pará, a nova lei aguçou as opiniões dos setores envolvidos na educação, pois há ainda poucas bibliotecas instaladas nas escolas, sobretudo nas públicas, e poucos profissionais da Biblioteconomia atuando no mercado. Nas escolas municipais e estaduais, professores treinados estariam ocupando o lugar destinado apenas aos profissionais bibliotecários. De acordo com o conselho da classe, “Com essa nova lei de universilização das bibliotecas, o aumento da demanda de vagas para os próximos concursos do estado já passa a fazer parte de nosso planejamento”, afirma a secretária-adjunta de Educação Ana Lúcia Santos.
“Quanto ao aumento do acervo e estruturação dos espaços destinados à instalação de blibliotecas na escola, isso já faz parte de nossa política. Ainda este ano, junto com o governo federal, vamos destinar R$ 14 milhões para aquisição de acervos para a escolas de ensino fundamental e médio, e para os professores, através do Credileitura. Nossa dificuldade, de fato, será com a contratação de recursos humanos”, completa.

Segundo ela, para conter a falta de demanda de bibliotecários, o Estado realiza treinamento a professores que, geralmente, em razão de problemas de saúde, não conseguem se adaptar à sala de aula e acabam indo trabalhar na biblioteca. Para a presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB), Sílvia Helena Lima, a nova lei federal é um artíficio a mais para a entidade fiscalizar e aplicar punições às escolas públicas e particulares que estiverem mantendo professores ilegalmente atuando na gestão de bibliotecas.

“Sabemos que, na maioria das escolas públicas, não existem bibliotecários trabalhando e sim professores ocupando cargos de técnicos na área, o que nem existe na legislação. O auxiliar pode atender o público, mas não cuidar do acervo e de outras tarefas. No ano passado, entramos com uma ação na justiça para combater essa prática e agora vamos intesificar a fiscalização, inclusive aplicando multas contra as instituições que mantiverem bibliotecas sem os devidos profissionais”, diz. (Diário do Pará)
Publicado no Diario do Pará em 26/05/2010
http://www.diariodopara.com.br/N-91833-ESCOLAS+SAO+OBRIGADAS+A+MANTER+BIBLIOTECAS.html

Bibliotecas de escolas devem ser administradas por profissionais habilitados

A lei que obriga todas as escolas públicas e privadas a terem uma biblioteca também estabelece que o espaço deverá ser administrado por profissionais da área. Para a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Nêmora Rodrigues, esse detalhe faz toda a diferença porque sem a organização adequada a biblioteca fica subutilizada.
Segundo o Censo Escolar de 2009, 28,2% das escolas públicas do país contam com bibliotecas, atendendo a 53% das matrículas da educação básica.

– Nós tivemos muito trabalho para aprovar uma lei que deveria ser o óbvio: todas as bibliotecas deveriam ser aparelhadas e contar com profissionais habilitados –, ressalta Nêmora.

Mesmo que a escola conte com o equipamento, é preciso profissionais capacitados para que o espaço não se transforme em um mero “depósito de livros”.

– O profissional da área vai prestar serviços tanto na questão da organização de acervos quanto na promoção das atividades que atraiam os alunos para utilizar a biblioteca para ampliar os conhecimentos de sala de aula. Também é um ponto importante de acesso de informação para professores e a comunidade –, defende a presidente da entidade.

A lei estabelece que toda escola tenha um acervo de livros de pelo menos um título por aluno matriculado. O prazo para instalar as bibliotecas é de dez anos.

Pesquisa divulgada em abril pelo Ministério da Cultura aponta que 445 municípios do país não têm biblioteca, o que representa 8% do total. O estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão (61). As bibliotecas municipais brasileiras têm em média 4,2 funcionários e a maioria (84%) é mulher. Entretanto, 52% dos trabalhadores desses estabelecimentos não têm capacitação para a atividade.

Publicado originalmente no Jornal Correio do Brasil em 26/05/2010
http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=168472

Alto Tietê tem 6 bibliotecas para atender 1,3 milhão de pessoas

O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais (BPMs), indicou que as cinco principais cidades do Alto Tietê (Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba) contam juntas com seis unidades para atender a um público 1.310.589 milhão de habitantes. A média, no entanto, de locais disponíveis à sociedade local é de 0,6 biblioteca. Ferraz de Vasconcelos é destaque na região. A cidade ocupa o 25º lugar com maior número de instituições por 100 mil habitantes: duas unidades. Já Mogi das Cruzes ocupa o 227º lugar com uma instituição, o que dá uma média de 0,3 biblioteca para atender a cada 100 mil pessoas. O município brasileiro com maior número de bibliotecas é Barueri, em São Paulo. São 4,07 para cada 100 mil habitantes. O estudo, divulgado pelo Ministério da Cultura (MinC) no final de abril, deve servir como base para aperfeiçoar as políticas públicas para o setor.
Conforme apontado no mapeamento, o Estado de São Paulo, em comparação aos demais do Sudeste, possui o menor índice de cidades com bibliotecas (88%). Perdendo assim, para o Espírito Santo, que conta com o maior (97%). Porém, de forma positiva, São Paulo lidera o ranking da quantidade acervos com mais de 10 mil exemplares literários (51%).
Contudo, o item em que o Estado ganha notoriedade nacional é a média de empréstimos por mês: são 702 livros emprestados, enquanto que o índice nacional é de 296 exemplares no mesmo período.

PROGRAMAÇÃO CULTURAL Também foi contabilizado que a maioria das BPMs oferece alguma atividade cultural (56% delas). Suzano é um dos exemplos, já que em todos os finais de semana são promovidas iniciativas como o Projeto Cine Cultura, exposições etc. No País, os frequentadores das BPMs também procuram ir até os estabelecimentos para fazer pesquisas escolares (65%), pesquisas em geral (26%) e para o lazer (8%). A população paulista é a que mais frequenta estes locais para o lazer (22%).

PESQUISA Para o 1º Censo Nacional das BPMs, foram pesquisados todos os 5.565 municípios brasileiros. Em 4.905 municípios foram realizadas visitas in loco para a investigação sobre a existência e condições de funcionamento de BPMs, no período de setembro a novembro de 2009. Os 660 municípios restantes - identificados sem bibliotecas entre 2007 e 2008 pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e atendidos pelo Programa Mais Cultura com a instalação de BPMs - foram pesquisados por contato telefônico, até janeiro de 2010.

Publicada originalmente no jornal Diario de Suzano em 23/05/2010, edição:8585
http://www.diariodesuzano.com.br/main4/conteudo.php?cod=252123&data=2010-05-23

Reimpressão da 2a. edição do AACR2

A primeira reimpressão da 2a.edição de 2005 do Código de Catalogação Anglo-Americano, o nosso popular AACR2, será lançada no próximo dia 10 de junho, na Casa das Rosas, Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, Av. Paulista n. 37, a partir das 19h.

4 cidades da região de Marilia não têm nenhuma biblioteca pública

Nesses municípios as bibliotecas foram extintas, fechadas ou nunca existiram!

Felipe Barduchi/Agência BOM DIA

Queiroz, Lupércio, Ipaussu e Óleo não possuem ao menos uma biblioteca pública municipal aberta à comunidade. É o que revela o primeiro censo de bibliotecas públicas municipais realizado pelo MinC ( Ministério da Cultura) nos 5,5 mil municípios do país.

As quatro cidades da região administrativa de Marília estão entre as 420 do Brasil em situação similar. Segundo o levantamento, nesses municípios as bibliotecas foram extintas, fechadas ou nunca existiram.

As prefeituras desses municípios alegam haver unidades em suas cidades, porém apontam uma série de dificuldades para manter os espaços abertos à comunidade. Entre eles está a falta de recursos financeiros, funcionários ou até mesmo a falta de espaço.

A prefeitura de Lupércio informou que está pleiteando recursos junto ao Governo Federal para reabertura da unidade, fechada desde 2008. Já a prefeitura de Óleo informou que a biblioteca pública do município - desativada há cerca de 20 anos, foi reativada em abril com a doação de mil exemplares de livros e mobiliário.

Em Ipaussu, a estimativa da prefeitura é reativar a biblioteca no próximo mês em um novo espaço. O município aguarda a chegada de mil exemplares de livros e mobiliário, doados pelo Governo Federal.

Segundo o MinC, o objetivo do censo nacional é subsidiar o aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas brasileiras.
Publicado originalmente em Rede Bom Dia Sorocaba
http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/19601/4+cidades+da+regiao+nao+tem+nenhuma+biblioteca+publica

Censo de bibliotecas públicas põe Marília na 176ª colocação

Levantamento do MinC avaliou 263 cidades com mais de 100 mil habitantes
Felipe Barduchi/Agência BOM DIA

Realizado pelo MinC (Ministério da Cultura), o primeiro Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais coloca Marília na 176ª posição em ranking que avaliou 263 municípios com mais de 100 mil habitantes.

Com 225 mil habitantes, Marília possui apenas uma biblioteca pública aberta à comunidade, localizada no Centro. Em primeiro lugar na classificação está Barueri (SP), que, com apenas 45 mil habitantes a mais que Marília, possui 11 bibliotecas públicas municipais. Em último lugar aparece a capital do Ceará, Fortaleza. Com população de 2,5 milhões de habitantes, o município mantém apenas uma biblioteca pública.

Diariamente o estudante Alessandro Ribeiro, 30, morador no São Miguel, vai à Biblioteca Municipal para estudar. “Para mim seria bom que tivesse uma no meu bairro, seria mais prático.”

Segundo a secretária municipal da Cultura, Iara Pauli, há estudos para a implantação de duas novas bibliotecas no município, uma na zona sul e outra na zona norte.

“Mas isso demanda uma série de providências, tais como demanda de funcionários e recursos financeiros. Esse projeto deve ser posto em prática no próximo ano”, disse.

O levantamento feito em âmbito nacional tem por objetivo subsidiar o aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas.

Publicado originalmente em Rede Bom Dia Sorocaba
http://www.bomdiasorocaba.com.br/Noticias/Dia-a-dia/19027/Censo+de+bibliotecas+publicas+poe+Marilia+na+176%26ordf%3B+colocacao

Faltam bibliotecas em Santos, dizem especialistas

Joyce Salles

Santos ocupa o 11º lugar no ranking de cidades brasileiras com o maior números de bibliotecas. A informação é do Ministério da Cultura(Minc). No Estado de São Paulo, Santos aparece em 4°lugar. Mas, para especialistas do setor, as bibliotecas perdem visitantes e estão longe das casas dos leitores.

A cidade possui cinco bibliotecas, localizadas no Centro, Aparecida (Posto 6), Zona Noroeste, Caruara (Área Continental) e Morro do São Bento. O município ainda dispõe de gibiteca, no Boqueirão (Posto 5), e hemeroteca, na Vila Mathias.

A bibliotecária Sueli Aparecida Lopes, responsável pela Biblioteca Municipal Mário Faria, explica que a localização facilita as visitas. “Considero nossa biblioteca bem procurada pelo público, por conta de ser bem localizada (no Posto 6, na orla da praia). Com isso, a procura acaba sendo grande, pois o público que passa em frente está a passeio e, por isso, tem tempo de dar uma olhada e conhecer nossa biblioteca”.

Ela revela considerar baixo o 11° lugar de Santos no ranking de cidades com maior número de bibliotecas. “Acho que nossa cidade deveria ter uma biblioteca municipal em cada bairro. Com isso, com certeza aumentaria o público leitor”.

A chefe de bibliotecas da Orla, Narayana Fida Mamede, disse que a distância atrapalha. “Quanto mais cômodo for para os leitores terem perto de casa uma biblioteca, melhor vai ser a procura. Acho que muitos não vão a biblioteca por ser longe”.

A chefe da Biblioteca Municipal Alberto Souza, Ana Claudia Duarte Rissiotti, lembra que “há mais ou menos 20 anos, a biblioteca era lotada, tinham filas e filas para o atendimento de pessoas. De uns tempos para cá, a procura foi diminuindo, nada de alarmante. Mas depois do surgimento da internet deu uma caída nas pesquisas nos acervos”.

"Há pouco tempo recebi uma mãe que trouxe a filha para conhecer a biblioteca, para a criança dar o valor a leitura e a pesquisas nos livros. Achei muito legal a iniciativa”, recorda.

O aposentado Decio Moraes Bonazzi, de 71 anos, é amante de livros desde seus 12 anos e sempre visita a biblioteca do Posto 6. Ele retira em torno de oito livros por mês. “Conheci essa biblioteca passeando pela praia e resolvi conhecer. Agora ocupo meu tempo lendo muitos livros”.

Ele acredita que a família influencia no hábito de ler. “Acho que ler vem do incentivo dos pais. A criança é curiosa, e se ver que o pai tem o hábito da leitura, a criança acaba adotando este hábito também”. Para o aposentado, “o livro tem o seu valor. Nada como o cheiro, a cara e comodidade de ler deitado na cama”.

Um livro por ano - De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio do Rio de Janeiro , sobre os hábitos de lazer relacionados à cultura, 60% dos brasileiros responderam não ter o hábito da leitura. Em 2007, 31% dos entrevistados leram ao menos um livro por ano. Dois anos depois, o índice caiu para 23%.

Outra pesquisa, feita pelo Instituto Pró-Livro , em 2008, mostra que os brasileiros lêem em média 1,3 livro por ano. O índice é tímido, se comparado a países como Estados Unidos, cuja população lê em média, 11 livros por ano; e a França, sete. Em um ranking de 30 países, o Brasil ocupa a 28º posição. Os argentinos estão dez posições à frente.
Publicado originalmente Unisanta Online em 08/05/2010
http://www.online.unisanta.br/2010/05-08/cultura-1.htm

Biblioteca é um excelente local de estudo para concurseiros, avalia especialista

Com base em dados divulgados no 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, professor Rogerio Neiva defende o local como ideal na busca pela aprovação em um concurso e como forma de democratização dos cargos públicos

Na tentativa de minimizar a dispersão e aumentar a concentração, muitos estudantes buscam a tranqüilidade das bibliotecas, como mostra dados do 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas, encomendado à Fundação Getúlio Vargas pelo Ministério da Cultura. O estudo aponta, entre outros detalhes, que a cidade de Brasília tem a população que mais freqüenta as bibliotecas. Estes números podem ser cruzados com dados municipais, que demonstram que mais da metade destes freqüentadores são concurseiros. “Há uma série de fatores que ajudam na aprovação para quem estuda em uma biblioteca, o que vai contribuir definitivamente com a aprovação do candidato”, destaca o professor Rogerio Neiva Pinheiro, que é especialista em preparação para concursos.

Além da tranqüilidade e menor possibilidade de dispersão da concentração, a biblioteca – ou um local de estudos equivalente – diminui a chance de haver “furos” do aluno em seu planejamento, já que ele já tem um local certo para ir e, automaticamente, se dirige a ele, sem haver uma decisão de escolha de um novo local de preparação em cada vez que for estudar. “Outro aspecto interessante, consiste na possibilidade de profissionalizar e imprimir mais seriedade do processo de preparação. Naturalmente, nem todos os candidatos precisam deste cuidado, mas aqueles que saem do trabalho e vão para a biblioteca seguramente acabam por profissionalizar e imprimir mais disciplina no seu processo de preparação, fazendo desta atividade o seu segundo turno de trabalho”, afirma Neiva.

No entanto, o candidato que escolher estudar em uma biblioteca deve também levar em conta a relação entre custo e benefício. Ao se dirigir a outro local que não seja próximo de sua residência, a preparação para o concurso acaba tendo mais um custo, o do tempo de deslocamento e do valor do transporte. Ao estudar em casa, esse custo inexiste. “Portanto, é fundamental que o candidato não apenas defina um local de estudos, mas também avalie, refletindo sobre a relação de custo e benefício envolvida, o caráter eficiente, estratégico e racional de sua escolha. Seguramente esta preocupação lhe proporcionará uma grande contribuição para o alcance da sua aprovação no concurso ou exame”.

Outro ponto importante que a pesquisa demonstra é o uso da estrutura educacional do Estado na democratização da disputa por cargos nas esferas municipais, estaduais e federal. “Como a pesquisa se refere apenas às bibliotecas públicas, fica claro o principal do livre acesso, como estabelece a Constituição Federal”.
Publicado originalmente em Jornal Local http://jornalocal.com.br/site/educacao/biblioteca-e-um-excelente-local-de-estudo-para-concurseiros-avalia-especialista/

São Carlos é a 5ª do país com a maior quantidade de bibliotecas por habitante

O Ministério da Cultura divulgou, no último dia 30, o 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais (BPMs) baseado em dados do ano passado. De acordo com o levantamento, São Carlos ficou em quinto lugar no ranking entre os municípios do país com a maior quantidade de bibliotecas por 100 mil habitantes (1,81).
À frente ficaram as cidades de Barueri-SP (4,07), Curitiba-PR (2,97), Santa Rita-PB (2,36) e Rio Grande-RS (2,03). Considerando apenas o Estado de São Paulo, São Carlos foi considerado o 2º município com mais bibliotecas.

O Censo Nacional tem por objetivo subsidiar o aperfeiçoamento de políticas públicas em todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal – voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas brasileiras.

O levantamento apontou que em São Carlos há quatro bibliotecas públicas municipais para 220 mil habitantes. A diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas do Município de São Carlos (SIBI), Claudete Cury Sacomano, destacou que no Censo Nacional entraram apenas as bibliotecas públicas municipais Amadeu Amaral, Euclides da Cunha e Espaço Braille, além da distrital de Água Vermelha.

“No entanto, temos também oito bibliotecas nas Escolas do Futuro, que funcionam nas escolas municipais de ensino fundamental e são abertas à comunidade, quatro de apoio instaladas na Fundação Educacional São Carlos, Fundação Pró-Memória, Câmara Municipal e Fazenda Pinhal. Para completar, há um acervo temático de economia solidária”.

No total, são 17 bibliotecas que integram o SIBI, sendo que até o final do ano a Midiateca Municipal e a biblioteca distrital de Santa Eudóxia também serão integradas. “Esse resultado do Censo Nacional reflete um trabalho da Prefeitura que tem sido realizado desde 2005 com a criação do SIBI”, disse Claudete.


Números

As bibliotecas de São Carlos disponibilizam aos moradores um acervo de mais de 143 mil livros, a maior parte está nas unidades Amadeu Amaral, no Centro (37 mil), Escola do Futuro da EMEB Afonso Fioca Vitalli, no Cidade Aracy (12 mil), Escola do Futuro da EMEB Carmine Botta, no Boa Vista (11 mil) e Euclides da Cunha, na Vila Prado (10 mil).

Em 2009, as bibliotecas realizaram mais de 166 mil empréstimos domiciliares de livros. O SIBI possui ainda um Catálogo Online em que os usuários podem pesquisar pela internet, no endereço http://sibi.saocarlos.sp.gov.br, as obras que existem nas bibliotecas e a disponibilidade.

Fonte: saocarlos.sp.gov.br
Publicado originalmente http://www.ofir4news.com.br/rio-claro-sp/rio-claro-sp/55288-sao-carlos-e-a-5o-do-pais-com-a-maior-quantidade-de-bibliotecas-por-habitante

Limeira está em posição nº 154 em ranking de biblioteca pública

As duas bibliotecas públicas municipais existentes em Limeira configuram menos de uma instituição para atender cada 100 mil habitantes, o que deixa a cidade na 115ª posição num ranking de 263 municípios brasileiros, e em terceira entre seis da região. O dado é do 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, divulgado na última semana pelo Ministério da Cultura (MinC).

O estudo, feito entre setembro e novembro de 2009, abrangeu as bibliotecas de todas as cidades do País e mapeou desde hábitos de usuários, como pesquisas escolares, gerais ou visitas a lazer, até a formação de funcionários.
Numa lista com 263 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, a média de 0,71 deixa Limeira na 115ª posição, como 32ª entres as paulistas listadas, considerando duas bibliotecas (municipal e infanto-juvenil). Na região, estão em melhor situação de disponibilidade em relação à população Rio Claro (1,56, em 13º) e Araras (0,87, em 76º). Após Limeira, Santa Bárbara D’Oeste fica em 154º lugar (0,52), Americana em 162º (0,48), e Piracicaba em 226º (0,27).
Segundo dados da Secretaria Municipal da Cultura, durante o ano passado, as bibliotecas de Limeira receberam 127 mil visitas, com 30 mil empréstimos, cerca de 2,5 mil mensais, considerando o fechamento devido à gripe suína e para a reforma, em novembro. A quantidade foi além da média nacional de 296/mês e estadual, 421/mês. A alta pode se explicar por outro fator: a cidade está entre os 25% de instituições nacionais com acervo acima de 10 mil títulos, contabilizando cerca de 30 mil. “Há previsão de novas aquisições, mas, no caso de pesquisa escolar, houve queda na procura, devido à possibilidade de pesquisar em casa, pela internet. Essa tendência ocorre em cidades do porte de Limeira”, declarou o secretário da pasta, Adalberto Mansur.
Para ele, a posição da cidade no ranking e os números do censo configuram um resultado bom. “Resulta de medidas tomadas recentemente, como ampliação do acervo e a informatização no atendimento. É claro que poderia ser melhor e, com esse objetivo, estamos desenvolvendo várias ações”, afirmou.

VERBA E PROJETOS

Além da divulgação do censo, o MinC anunciou o investimento de mais de R$ 30 milhões para bibliotecas públicas brasileiras. O incentivo virá por meio de edital do programa Mais Cultura, com inscrições abertas para projetos dos municípios que podem pleitear verba de R$ 85 mil a R$ 115 mil.
Segundo Mansur, o município avalia a participação no edital. Enquanto isso, está em fase final de orçamento o projeto de uma biblioteca de 4,5 mil metros quadrados na área do Ceprosom, no Parque Cidade. “Prevê internamente algo nos moldes das livrarias modernas, com amplo acesso aos livros e a possibilidade de a pessoa passar o dia no interior da biblioteca, lendo livros e outras publicações”. O projeto destinaria o antigo prédio da biblioteca, hoje em reforma, a outras ações culturais.
Com a reabertura da biblioteca em novo local, o secretário afirma que, além dos 11 funcionários, foi chamado em concurso um bibliotecário, além da futura contratação de especialistas em informática, pedagogia e administração.
Outras iniciativas estão previstas para atrair o público. “Os funcionários, durante o fechamento, desenvolveram um projeto de visitas técnicas, que incluíram até museus. Houve uma troca de experiências nesses lugares”.
A descentralização está em pauta, com a participação das bibliotecas comunitárias, nas quais são conhecidas as demandas para projetos itinerantes ou de apoio.

Publicado originalmente na Gazeta de Limeira em 09/05/2010

Pinda: Bibliotecas do município estão entre as melhores do país

As bibliotecas municipais de Pindamonhangaba estão entre as melhores do Brasil – de acordo com classificação do Ministério da Cultura – divulgada no 1º Censo Nacional das bibliotecas públicas municipais.

As bibliotecas de Pinda já estavam entre as melhores do Estado de São Paulo.

Sobre a classificação
A pesquisa encomendada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) avaliou os 5.565 municípios e Pindamonhangaba aparece na 118º posição.

A pesquisa considerou vários características das bibliotecas, como, tamanho, diversidade e organização do acervo, número de visitantes e de empréstimos de livros, acesso ao local, facilidades para deficientes, equipe de trabalho, infraestrutura do local, dentre outros quesitos.

“Acredito que estarmos entre os 118 primeiros entre mais de cinco mil municípios é uma grande conquista para todos nós. Fico muito feliz com o resultado da pesquisa e isso demonstra o trabalho que o município realiza com educação, sobretudo na área da leitura, e a dedicação dos nossos profissionais, destacou o prefeito João Ribeiro – que parabenizou todas as pessoas envolvidas com as bibliotecas de Pinda.

Para a gerente de bibliotecas, Carmen Lídia Pamplim, a classificação traz alegria e incentiva ainda mais a dedicação dos profissionais:

“Eles estão eufóricos com a posição da cidade porque é um reconhecimento do Ministério da Cultura pelo que realizam. Todos já atuam com muita dedicação no dia-a-dia, mas agora os trabalhos deverão ser ainda mais prazerosos”.

A secretária de Educação e Cultura, Bárbara Zenita França de Macedo, atribuiu a colocação de Pinda aos investimentos realizados no setor, com modernização dos equipamentos e aquisição de novos livros, ao desenvolvimento de vários projetos e ao trabalho dos profissionais. “Temos pessoas empenhadas envolvidas em todas as atividades das bibliotecas e isso reflete na qualidade do atendimento aos leitores”, resumiu.
Publicado originalmente em Agoravale Portal de Noticias de Pindamonhangaba http://www.agoravale.com.br/agoravale/noticias.asp?id=23164&cod=1

Ribeirão é a pior em censo de bibliotecas

Cidade é a última entre os municípios da região com mais de 100 mil habitantes; São Carlos lidera lista

DA FOLHA RIBEIRÃO

O Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, produzido pelo MinC (Ministério da Cultura), colocou Ribeirão Preto em 246º lugar no ranking das 263 cidades com mais de 100 mil habitantes do país.
A cidade tem apenas uma biblioteca pública municipal e foi a pior da região no ranking do MinC. O estudo também mostrou os municípios onde não há nenhuma biblioteca municipal -são sete na região.
A secretária da Cultura de Ribeirão, Adriana Silva, disse que mais importante do que aumentar o número de bibliotecas municipais é qualificar a que já existe na cidade.
Para isso, a secretária disse que busca verba de R$ 8 milhões no BNDES para passar a biblioteca Guilherme de Almeida, que hoje fica no prédio da secretaria e tem 13 mil exemplares, para o prédio da antiga Cianê, ampliando o acervo para 100 mil livros.
"Não tenho nenhum orgulho da nossa atual biblioteca, ainda mais numa cidade que tem uma Feira do Livro do tamanho da nossa. Mas acredito que qualificando a Guilherme de Almeida poderemos dar o respaldo necessário para o município, juntamente com os pontos de leitura já existentes", disse.
Além da Guilherme de Almeida, Ribeirão tem outras bibliotecas privadas, mas de acesso público. Entre as principais estão a Altino Arantes e a Padre Euclides, que comemora 107 anos de existência em 2010 e reinaugurou ontem seu auditório principal.
Na região, a cidade mais bem colocada foi São Carlos, com quatro bibliotecas - ficou em quinto na lista nacional.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Carlos, ainda há outras 14 bibliotecas espalhadas em escolas e pontos de leitura.
As bibliotecas contam com um sistema integrado, o que, para a prefeitura, é o grande trunfo. O sistema permite que, sem sair de casa, os usuários procurem um livro e descubram em qual unidade está.
Todo o acervo público das bibliotecas municipais de São Carlos também está disponível em um catálogo on-line, que pode ser consultado por meio do site da prefeitura.

Publicado originalmente em 04/05/2010 no jornal Folha Ribeirão

Universalização de bibliotecas incentivará leitura

BRASÍLIA - Foi publicada no Diário Oficial de hoje a Lei 12.244/10, que prevê a universalização das bibliotecas nas escolas públicas e privadas do País. O deputado Lobbe Neto (PSDB-SP) foi o autor do projeto (PL 1831/03) que gerou a norma.

“Acredito que a lei terá sua implementação. A própria sociedade, os alunos e a comunidade escolar vão cobrar”, disse o deputado, em entrevista à Agência Câmara.

Pela nova legislação, todas as escolas públicas e privadas do País deverão ter, em até dez anos, bibliotecas com, pelo menos, um livro por aluno matriculado. A organização, a manutenção e o funcionamento dos acervos deverá ser feita por cada instituição.

De acordo com o censo escolar de 2008, feito pelo Ministério da Educação, 37% das 200 mil escolas de educação básica no País não possuem biblioteca. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) ainda não possui uma tabela fechada com os dados sobre o levantamento de 2009.

Agência Câmara – Como o senhor espera que a universalização de bibliotecas possa contribuir para a vida dos estudantes e da sociedade em geral?
Lobbe Neto – Essa foi uma reivindicação do Conselho Federal de Biblioteconomia e do Conselho Regional de São Paulo para o incentivo a várias bibliotecas na rede educacional particular e pública. Teremos dez anos para implementação dessa rede com um mínimo de acervo necessário. Essa proposição é muito importante, vem ao encontro do incentivo à leitura e a projetos culturais e educacionais que precisamos implementar.
Agência Câmara – Em quanto tempo o senhor acredita que essa universalização seja realmente efetivada?

Lobbe Neto – Depende da eficácia e do gerenciamento de cada estado e município. Isso já tem um avanço significativo em várias escolas na parte de informática, com bibliotecas virtuais, e mesmo com seu acervo. Talvez o prazo de dez anos não seja necessário e tenhamos essas instalações até antes dessa data.

Agência Câmara – Quais os principais desafios para implementação dessa lei? Haverá fiscalização para execução da lei? E caso as escolas não tenham um acervo em dez anos, haverá alguma medida a ser tomada?

Lobbe Neto – O principal desafio é a parte administrativa e de gerenciamento, de escola a escola, de estado a estado, de município a município. Precisamos garantir o incentivo através de programas dos governos federal e estaduais. A própria sociedade, os alunos e a comunidade escolar vão cobrar. Acredito que a lei terá sua implementação. Alguns municípios, dependendo da gestão, têm uma tendência a aprimorar um assunto ou outro. Com o incentivo da lei, os agentes políticos poderão fazer com que a demanda seja construída com os estudantes.

O senhor acredita que a lei poderá ser implementada no âmbito do Plano Nacional de Educação ou do Plano Nacional do Livro e da Leitura?

Lobbe Neto – Acredito que a lei poderá ser utilizada dentro de um desses programas para que ela seja implementada com maior eficácia.

Publicado originalmente no jornal DCI
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=14&id_noticia=328494

Libraries are important to communities

Libraries are important to communities
Thursday, May 27, 2010

By CARLY ABRAHAMS-DEMATTE

Special to the Cabinet


I am writing this letter to share my views on the importance of the public libraries in our community in this day and age. I have worked at a public library for over a year now and believe that the great resources and programs that public libraries offer to the people of the area deserve greater attention. This attention would benefit all: communities, individuals and the library.


As bibliotecas são importantes para as comunidades

Quinta-feira 27 de maio, 2010

Por Carly ABRAHAMS-DEMATTE

"Estou escrevendo esta carta para compartilhar minhas opiniões sobre a importância das bibliotecas públicas da nossa comunidade nesses dias e época. Eu trabalhei em uma biblioteca pública por mais de um ano e acredito que os inúmeros recursos e programas que as bibliotecas públicas oferecem às pessoas deveriam merecer maior atenção. Isso beneficiaria todos os envolvidos: as comunidades, os indivíduos e a própria biblioteca. "

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Parabéns aos bibliotecários de Alagoas

Curso de Biblioteconomia comemora 12 anos

Para comemorar o décimo segundo ano de atividades do Curso de Biblioteconomia, a Coordenação de Curso e o Centro Acadêmico continuam nesta terça-feira, 25, a partir das 19h, a realização de palestras e mesarredonda no auditório do Núcleo de Pesquisa Multidisciplinar (NPM), mais conhecido como Severinão.

O objetivo é reunir discentes, docentes e profissionais, além de interessados, para trocar informações e experiências. “As palestras e mesarredonda oferecem um panorama interdisciplinar da sociedade atual, tida como a sociedade da informação, bem como permitir a compreensão da evolução do curso por via das vivências acumuladas”, afirma Zayr Claúdio, um dos organizadores do evento.

A palestra de abertura na segunda-feira, 24, está definida para às 19 horas e será proferida pela bibliotecária e pró-reitora de Gestão de Pessoas e do Trabalho, Silvia Regina Cardeal e tem como tema "As Origens do Curso de Biblioteconomia”. Em seguida, os docentes do curso Edivanio de Souza, Francisca Mota e Maria de Lourdes Lima vão ser os debatedores da mesarredonda sobre “Desenvolvimento e Perspectivas do Curso de Biblioteconomia”.

A programação da primeira noite se encerra com homenagens. Na terça-feira, 25, a programação do evento será marcada pela palestra “Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas”, apresentada pela bibliotecária e coordenadora geral do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, Ilce Milet.

O curso de Biblioteconomia

O Projeto de implantação do atual Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas – Ufal, aprovado em 1998, representa o esforço das bibliotecárias Sueli Maria Goulart Silva e Sílvia Regina Cardeal - Pró-reitora de Gestão de Pessoas e do Trabalho tendo como aliada a Associação dos Bibliotecários de Alagoas.

Vale ressaltar – diz Zayr Cláudio – o empenho dos professores e profissionais da área de Informação participantes do Curso de Especialização em Administração e Gerência de Serviços de Informação implantada na Ufal, com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Ensino Superior (Capes) e da Comissão Técnica designada pela Pró-reitoria de Graduação.

A formação do profissional em Biblioteconomia da Ufal visa atender as exigências e necessidades do contexto dinâmico da Sociedade da Informação e do Conhecimento do Estado de Alagoas e da região Nordeste. Integrado ao Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca), o dinamismo de suas atividades busca cada vez mais uma formação acadêmica de qualidade conscientizando do importante papel que desempenha na sociedade.

por Ascom / Ufal
Originalmente no jornal online "Alagoas em Tempo Real" em 25/05/2010 http://www.alemtemporeal.com.br/?pag=educacao&cod=3374

Para criar uma cidade de leitores

Jean Oliveira
Araçatuba - "Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem." Esta frase, atribuída ao poeta, tradutor e jornalista brasileiro Mário Quintana (1906-1994), expressa o que muitos educadores e pensadores preconizam sobre os livros e outros materiais impressos, como os jornais. Uma das formas criadas pela sociedade moderna para democratizar o acesso a essas obras foram as bibliotecas públicas.

O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, encomendado à FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra que, em 2009, 79% dos municípios brasileiros possuíam ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde a 4.763 bibliotecas em 4.413 municípios. O estado de São Paulo lidera o ranking regional e nacional em bibliotecas com acervo superior a 10 mil livros (51%). Dos 645 municípios do Estado, no entanto, 51 não têm centros gratuitos de leitura.

Na região, as maiores cidades possuem pelo menos um espaço público de empréstimo de livro.

Em Araçatuba, há a Biblioteca Municipal Rubens do Amaral, que fica na rua Armando Salles de Oliveira, s/n.

Seu funcionamento é de segunda a sexta, das 9h às 17h. Ela possui cerca de 62 mil títulos, sendo que 20 mil são de literatura infantil e o restante, coleções de livros didáticos, literários, enciclopédias e dicionários.

MELHORIAS
O secretário da Cultura de Araçatuba, Hélio Consolaro, revela que o município não adquire livros há cerca de 20 anos. O acervo tem sido renovado, segundo ele, por meio de doações.

"Apesar de na etimologia da palavra 'biblioteca' ter o sentido de depósito de livro, na concepção moderna uma biblioteca precisa ter muitos atrativos, ser interativa", afirma o secretário, que anuncia que as primeiras melhorias devem acontecer com uma verba de R$ 250 mil que o deputado estadual Vicente Cândido (PT) destinou, por meio de emenda parlamentar, para este fim.

A Secretaria da Cultura prevê destinação de R$ 80 mil para renovação do acervo e R$ 170 mil para reforma na infraestrutura, como adequação às normas de acessibilidade.

BAIRROS
Apesar de prever este investimento na biblioteca municipal, Araçatuba pode seguir o exemplo de outras cidades brasileiras que criaram programas de descentralização do acesso às obras literárias.

Em Uberlândia (MG), por exemplo, caixas de livros são levadas a lugares de fácil acesso em bairros distantes e também há o "Ônibus Biblioteca", que percorre toda a cidade.
Publicado originalmente no jornal Folha da Região em 26/05/2010
http://www.folhadaregiao.com.br/noticia?258991

A Lei e as bibliotecas

" Sei que algumas pessoas já devem ter conhecimento da lei que foi sancionada no dia 24 de maio de 2010 pelo Presidente da República, mas acredito que temos que divulgar ao máximo, pois essa lei já está em vigor desde a sua publicação. Segundo a Lei 12.244, as instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do país contarão com bibliotecas escolares, e ainda de acordo com essa Lei, será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado.
Agora, cabe a nós profissionais bibliotecários e sociedade em geral fazer valer a lei que tem o prazo máximo de 10 anos para ser efetivada. Precisamos cobrar de nossas autoridades à efetivação dessa Lei. É uma vergonha a situação em que se encontra a grande maioria das bibliotecas escolares. Como incentivar a leitura em espaços que não dá para saber se é uma biblioteca ou um depósito de tudo que não tem serventia na escola.
A biblioteca deve ser um lugar atrativo, com bons profissionais que façam a diferença e possam mudar a vida das pessoas através do conhecimento. Rondonópolis é privilegiada por contar com o curso de Biblioteconomia, no entanto nossa realidade não é das melhores por vermos bons profissionais se sujeitando a abandonar a família, os amigos, o lugar onde vivem, para tentar a sorte em outras cidades e estados, porque aqui falta trabalho.
Quando surgem concursos em nossa cidade, nunca aparece uma vaga para bibliotecário, e olha que em nossa cidade tem duas Bibliotecas Públicas Municipais, o Museu Rosa Bororo, o Centro Cultural José Sobrinho, o Arquivo Público Municipal, entre outros lugares onde os bibliotecários formados poderiam estar atuando.
Algumas pessoas se assustam quando dizemos que são 4 anos de formação superior para sermos bibliotecários. Acho que todo esse espanto acontece pelo fato das pessoas pensarem que nós só guardamos livros nas estantes, e fazemos empréstimos e devoluções de livros.
Somos formados para atuar em qualquer espaço onde a informação se faça presente. Podemos atuar em arquivos, museus, bibliotecas, editoras, centros de documentação, centros culturais, empresas, entre outros locais, organizando e disseminando o conhecimento.
Mas essa nova Lei de universalização das bibliotecas escolares nas instituições de ensino do País chega como uma grande esperança para nós profissionais que sonhamos em fazer da biblioteca um espaço de desenvolvimento humano."

(*) Valquíria Chaves Barbieri Araújo é bibliotecária formada pela UFMT – Rondonópolis e Pós-graduanda em MBA – Gestão de Pessoas nas Organizações

Publicado originalmente no jornal a Tribuna de Mato Grosso em 27/05/2010http://www.atribunamt.com.br/2010/05/a-lei-e-as-bibliotecas/

CBN entrevista a presidente do CRB8

Sábado às 12h3min a rádio CBN entrevistará ao vivo a presidente do CRB8, professora Evanda Paulino. Fique ligado e depois comente aqui com a gente as suas impressões a respeito.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os CEUS em pauta

Nas proximas edições do BOB NEWS abordaremos as bibliotecas dos CEUS – Centro Educacional Unificado – Você, bibliotecário que trabalha em algum CEU, mande sua opinião, divida sua experiência com os colegas. Manifeste-se! É desejável que você identifique-se ao enviar sua mensagem, mas se preferir que seu nome seja mantido em sigilo, esteja certo de que isso será respeitado.

Uma vida entre obras raras

A Fundação Biblioteca Nacional é a nona maior biblioteca do mundo e a maior da América Latina, com mais de 12 milhões de obras. Entre elas estão muitos livros considerados raros, por sua antiguidade e por sua importâncias histórica — o número exato não está contabilizado, mas esse setor tem 2,1 quilômetros de prateleiras repletos de publicações, o que dá uma ideia da dimensão do acervo.

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Novo workshop sobre informação jurídica

“Documentação jurídica em formato digital”
Palestrante: Cátia Martins Jorge Murata

Graduada em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela FESP/SP, pós-graduada em Gestão da Informação para a Gestão do Conhecimento pelo SENAC/SP e pós-graduada em Direito Empresarial pela Escola Paulista de Direito – EPD. Atua na gestão de informação jurídica desde 1997 e atualmente é Supervisora de Gestão do Conhecimento do Escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados.

Objetivo:

Discutir questões inerentes à gestão da documentação digital na área jurídica, principalmente no que se refere à validade jurídica e à eficácia probatória do documento digital.

Público-alvo:

Profissionais que atuam em Bibliotecas, arquivos e unidades de informação e pesquisa.

Cronograma:
09:00 – Abertura/Credenciamento

10:30 – Coffe Break

13:00- Encerramento do evento.

Conteúdo do Workshop.

1 - Introdução / Objetivos da Palestra

2 – Documento digital e documento eletrônico

3 – Validade jurídica do documento digital

4 – Documento digital como meio de prova

5 – Criptografia, assinatura eletrônica e certificação digital

6 – Gestão e preservação do documento digital: um grande dilema.


Data: 19 de Junho de 2010. (sábado)

Horário: 9:00 às 13:00

Local: Conselho Regional de Biblioteconomia

Rua Maracajú, Nº 58 – Vila Mariana – São Paulo.



Vagas limitadas:

Em caso de dúvida:

Tel.: (11) 5082-1404 –


Ficha de Inscrição

Lula sanciona lei que determina instalação de bibliotecas em escolas

Cada unidade deve ter pelo menos um título por aluno matriculado.
'Diário Oficial' também tem determinação sobre salas de aula em presídio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país, incluindo públicas e privadas. De acordo com o texto, publicado no "Diário Oficial" da União nesta terça-feira (25), cada biblioteca deve ter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado.

A organização, a manutenção e o funcionamento desses novos espaços devem ser definidos pelas instituições.

Ainda segundo a publicação oficial, as bibliotecas escolares devem contar com "coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura". O prazo máximo para a instalação dessas bibliotecas é de dez anos.

Também no "Diário Oficial", há uma lei que autoriza a instalação de salas de aulas em presídios. Nesses locais, devem ser realizados cursos do ensino básico e profissionalizante. Essa determinação entra em vigor a partir da data da publicação.

Leia mais

Mais livros, mais cidadania

Leia no site do CRB8 www.crb8.org.br o artigo do deputado Lobbe Neto sobre o projeto de lei de sua autoria que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País, tanto públicas quanto privadas.