segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

“O grande roubo de livros”

"O ‘saque’ de livros pertencentes a intelectuais palestinos pelo exército israelense é tema de um documentário que está sendo realizado pelo cineasta israelense de origem holandesa Benny Brunner. Ele afirma que cerca de 30 mil livros e manuscritos árabes, alguns deles raros e valiosos, acabaram na Biblioteca Nacional de Israel depois da guerra de 1948.

O interesse de Brunner pela história começou com um artigo escrito por um jovem acadêmico israelense, Gish Amit, que por acaso encontrou livros ‘coletados’ de bibliotecas pessoais de palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas casas em 1948 quando fazia a pesquisa de sua tese de doutorado.

Benny Brunner agora está recriando o que ele chama de ‘saque’ dos livros no documentário “The Great Book Robbery” (O grande roubo de livros). Eventualmente, ele espera localizar os proprietários originais dos livros. Uma testemunha entrevistada por ele é Nasser Eldin Al Nashashibi, membro de uma conhecida família de intelectuais em Jerusalém, que em 1948 tinha 20 anos.

“Nossos livros foram roubados da minha casa. Eles foram saqueados por judeus. Vi isso com meus próprios olhos.”

De acordo com Brunner, funcionários da Biblioteca Nacional, coordenados com o exército israelense, entravam nas casas depois que os proprietários palestinos eram retirados à força. Às vezes, os livros eram coletados enquanto o conflito ainda estava acontecendo, conta Al Nashashibi."
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Só 12 cidades da região têm arquivos municipais

"Levantamento do Arquivo Público do Estado crescerá com visitas in loco

Para especialista, o principal empecilho é que os prefeitos não sabem que criar o órgão é uma obrigação por lei

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Documentos públicos, mapas e fotos que resgatam a memória da região de Ribeirão Preto praticamente caíram no esquecimento na maioria das cidades.
Só 12 das 89 prefeituras da região possuem um arquivo municipal para armazenar documentos e permitir o seu acesso ao público, segundo levantamento preliminar do Arquivo Público do Estado.
O número baixo segue tendência estadual: somente 67 municípios paulistas possuem arquivo do tipo. A situação, porém, evoluiu se comparada a 2003, quando o órgão existia em 33 cidades.
Na região, pela lista, estão Ribeirão, Franca, São Carlos, Araraquara e Barretos. Entre as demais cidades, constam Aramina, Igarapava, Jaboticabal, Nuporanga, Serrana, Taiaçu e Taiúva.
O levantamento começou em 2003, com base nas informações das próprias cidades e do Conarq (Conselho Nacional de Arquivos).
Mas o número deve se alterar a partir deste ano. Com a contratação de mais funcionários, o arquivo estadual vai visitar as cidades e saber se de fato os órgãos funcionam ou só estão no papel.
É o caso de Serrana. Apesar de constar na lista, a prefeitura admite não ter um arquivo municipal.
Por outro lado, também devem entrar na lista cidades não inclusas, mas que mantêm seus arquivos.
São Simão, por exemplo, possui um museu histórico com documentos públicos, dispostos em caixas. E há uma iniciativa de torná-los mais acessíveis.
Segundo a responsável pela assistência aos municípios do arquivo estadual, Camila Brandi Bentes, o maior desafio com as prefeituras é vencer o desconhecimento.
"Muita gente não sabe que isso não é apenas um projeto cultural. Ter arquivo é uma obrigação do município."
Uma lei federal de 1991 diz que prefeituras, Estados e União são obrigados a manter um espaço próprio para guardar documentos públicos, com profissional responsável, e tornar parte desse acervo acessível ao público.
Para fazer valer a lei, o arquivo recorreu ao Ministério Público Estadual, que tem cobrado de prefeitos a instalação do órgão. Ter um espaço físico e funcionários é outra dificuldade, diz Bentes.
Criado em 1991, junto com a lei federal, o arquivo de Ribeirão ocupa um espaço que seria improvisado, mas que é o mesmo há 15 anos.
Na casa alugada, de 500m2, as pastas estão literalmente empilhados. Parte foi coberta com plástico para proteger de goteiras.
O acervo reúne cerca de 400 mil documentos e há intenção da prefeitura de removê-los para um amplo prédio.
Para a historiadora do órgão, Tânia Registro, a pouca quantidade de arquivos nas cidades da região serve de alerta. "Arquivo não é só a memória do passado, mas é o acesso à informação."
Publicado originalmente: http://www.jornalahoraonline.com.br/cidade/integra.php?id=11896

Bibliotecas Municipais em todo país receberão revistas culturais

"As Bibliotecas Municipais de todo o País irão receber a assinatura de 12 revistas. São mais de sete mil assinaturas e um investimento de R$ 5,2 milhões do Ministério da Cultura. As revistas devem chegar às bibliotecas em fevereiro de 2011.

O projeto pretende popularizar o hábito da leitura e despertar o pensamento crítico, disponibilizando a populações dos Municípios Brasileiros, freqüentadoras de espaços culturais públicos, publicações com conteúdos diversificados e de qualidade.

Com temas diferenciados, as revistas abordam de poesia, artes visuais a cultura indígena. Os periódicos que vão compor o acervo das bibliotecas e demais espaços culturais são: Brasileiros, Cult, Viração, Rolling Stone, Raça Brasil, Piauí, Carta na Escola, Jornal Rascunho, Fórum Outro Mundo em Debate, Le Monde Diplomatique Brasil, Caros Amigos e Almanaque Brasil de Cultura Popular."
Publicado originalmente: http://www.portalaz.com.br/noticia/municipios/203323_bibliotecas_municipais_em_todo_pais_receberao_revistas_culturais.html

A menina que guardava livros

"Bibliotecária Denise de Carvalho tem paixão pelo ofício
Gustavo Stivali - Repórter do Jornal Correio de Uberlândia

O prédio amarelo já foi uma capela. Depois, virou rodoviária. A informação foi passada oralmente, mas pode estar dentro de algum livro da história de Uberlândia guardado nas prateleiras do local de trabalho de Denise de Carvalho, diretora há 24 anos da Biblioteca Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Fundinho, zona central.

Todas as manhãs, ela sobe os 23 degraus da escada que leva à sala de trabalho em que administra o lugar onde passou metade de seus 48 anos, vividos com muita paixão. A satisfação se percebe pelo sorriso. “Você mexe com a comunidade e ela é bem agitada. Aqui, toda hora é uma novidade, uma procura diferente, uma demanda nova. Eu gosto”, disse Denise, que desde jovem trabalha cuidando de livros."

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