quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Edoc Consultoria divulga lista de eventos para esse ano em todo o Brasil

ABRIL: Belo Horizonte (24 e 25) = primeiro EDOC do ano
MAIO: Salvador e Recife
JUNHO: Rio de Janeiro e Florianópolis
AGOSTO: Curitiba e Porto Alegre
SETEMBRO: Fortaleza e João Pessoa
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http://www.edocconsultoria.com.br/

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

FEBAB divulga programa de cursos a distância



Biblioteconomia na FAINC: FACULDADES INTEGRADAS CORAÇÃO DE JESUS

Objetivo do curso:
O Curso de Biblioteconomia da FAINC visa dar ao aluno as condições e competências para o tratamento e organização de documentos e informações em qualquer tipo de suporte informacional, mediando o uso, a recuperação e a acessibilidade ao conhecimento adquirido ou produzido pela sociedade de forma in-loco ou através de recursos das tecnologias de informação e comunicação


Duração do curso: 3 anos – noturno das 19.00h  às 22.35 h.

Número de vagas: 80

Prazo para inscrição no processo seletivo: Junho/Julho e Dezembro/Janeiro ou provas agendadas

Diferencial do curso:
Os bibliotecários formados pela FAINC são capacitados para atuarem em nível de planejamento e gestão de unidades de informação; no desenvolvimento de serviços de assessoria e prestação de serviços de informação; em processamento da informação e do conhecimento registrados em diversos tipos de suportes documentais.
As experiências de nossos professores possibilitam ao aluno o gerenciamento de unidades de informação (Bibliotecas, Centros de Documentação e Informação, Arquivos Técnicos, Bibliotecas Digitais) nos segmentos governamentais ou privados, além de atuarem em redes e sistemas de informação de pela Intranet e Internet.. Nossa experiência possibilita também ao aluno executar atividades de mediação, divulgação e promoção da cultura, da informação e  do conhecimento para diferentes públicos.

Estrutura e atividades: Biblioteca laboratório, 2 Laboratórios de informática com 20 computadores; Auditório para palestras e cursos; Visitas técnicas; Iniciação científica.

Para mais informações: tel. (11) 4433-7477 ou secretaria@fainc.com.br

FAINC – PÓS-GRADUAÇÃO

Estrutura de apresentação do Curso: disciplinas modulares e estudos complementares
Período: aos sábados
Duração: 360 horas realizadas em 1 ano.


Em andamento e com Inscrições abertas:

Curso de Especialização em Planejamento e Gerenciamento de Sistemas de Informação.

Objetivos do Curso:
Capacitar os profissionais da área quanto ao planejamento de sistemas de informação científica e tecnológica, a recuperação de informação em sistemas, redes e banco de dados, bem como, propiciar ao egresso o aprimoramento sobre as tendências gestão de unidades de informação


Novo Curso a iniciar em Abril de 2013

Curso de Especialização em Bibliotecas Escolares

Objetivos do Curso:
O curso tem como objetivo uma formação especializada para os diversos atores inseridos na gestão e dinamização de ambientes informacionais na educação e de bibliotecas escolares para que estes possam atuar e colaborar como mediadores dos universos cultural, científico e da aprendizagem escolar, direcionadas à educação infantil, fundamental e médio.


Público-alvo
Profissionais (bibliotecários, professores, gestores na área de educação e demais profissionais de nível superior em áreas correlatas) atuantes em instituições públicas ou particulares interessados em ampliar seus conhecimentos sobre biblioteca escolar em conformidade com a legislação atual.


FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA
Rua Siqueira Campos n. 483 – Centro
0920-240 – Santo André – SP
Tel. (11) 4433-7477
 
www.fainc.com.br

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Convite - Solenidade Dia do Bibliotecário e outorga do Prêmio Laura Russo

Bibliotecas escolares vão funcionar?

26/02/2013

As bibliotecas são um componente essencial no processo educativo, concordam todos educadores. No entanto, são pouquíssimas as escolas que possuem esse equipamento essencial em suas instalações. De fato, levantamentos recentes indicam que 72,5% das escolas - públicas e privadas - não têm bibliotecas.

A história das bibliotecas nas escolas tem várias etapas em nosso país. No modelo defendido e inaugurado por Anísio Teixeira, já se vão uns setenta anos, as bibliotecas faziam necessariamente parte das instalações da "Escola Nova".

Até o início dos anos 1960, a existência de bibliotecas nas escolas era muito comum. De fato, nas capitais e cidades importantes, o sistema era bem estendido. Mas inexistia nas escolas isoladas, nas cidades do interior e nas zonas rurais. Esse período, que muitos exaltam como aquele onde havia uma "escola pública de qualidade", na verdade era excludente. O sistema tinha suas virtudes (eu, que em toda minha vida, só estudei em escolas públicas, fui um beneficiário disso), mas às custas de excluir a maioria da população em idade escolar.

A enorme expansão do sistema educacional, a partir da década de sessenta, deu-se com vários subprodutos e sequelas. O crescimento da rede privada, que supostamente oferecia ensino de melhor qualidade para as camadas superiores, foi acompanhado pela expansão da rede pública. Esta, embora se tornasse cada vez mais includente, absorvendo os filhos das camadas proletárias e populares, foi "perdendo qualidade". Outro subproduto dessa expansão foi o desenvolvimento da indústria editorial, cuja ligação com o ensino existe no mundo inteiro e se fez evidente, no Brasil, principalmente a partir da década de vinte. No livro O Brasil Pode Ser um País de Leitores?, procurei mostrar a íntima associação entre a ampliação do ensino e o crescimento das editoras.

Paralelo a esse fenômeno da expansão da rede pública, outro fator somou-se à deterioração da qualidade do sistema: a formação de professores. Não cabe aqui tratar do assunto, mas há uma constatação dos pesquisadores da questão educacional de que a formação precária, com professores que não são leitores, é contraproducente para a formação de alunos que leem não apenas funcionalmente, como também habitualmente.

O problema da formação de professores se reflete de outro modo. A ausência de pessoal especializado (bibliotecárias ou agentes de leitura bem preparados - e voltarei ao assunto mais adiante) manda para as bibliotecas ou salas de leitura existentes professores com os mais variados problemas físicos - ou psicológicos - da alergia ao giz à depressão ou outros que impedem seu aproveitamento em sala de aula. Bibliotecas e salas de leitura, dessa maneira, além de locais de castigo para alunos indisciplinados, deixa-os à mercê de profissionais completamente despreparados para ali trabalhar. O resultado, óbvio, é que a biblioteca e a sala de leitura se tornam locais onde se cultiva o ódio ou o desprezo à leitura.

Apesar dos pesares, é preciso dizer que o MEC não deixou de lado o problema das bibliotecas nas escolas.

Ainda nos anos setenta, tentou implantar um programa de bibliotecas nas escolas, com repasse de verbas e acervos. O programa foi abortado pelo Conselho Federal de Biblioteconomia. Amparado na Lei 4.084, de 30/6/62, o CFB exigiu a contratação de bibliotecários para o programa. Isso inviabilizou imediatamente sua execução. Não me lembro quantas escolas públicas existiam na época, mas certamente ultrapassavam a centena de milhar de unidades. Nem que todas as faculdades de biblioteconomia do país se dedicassem exclusivamente à formação de bibliotecários para o programa haveria oferta suficiente de profissionais. Sem mencionar que a maioria absoluta das faculdades de biblioteconomia nem mesmo tem a cadeira de biblioteca pública (ou escolar), nos respectivos currículos. O corporativismo bloqueou a ação.

O MEC resolveu reformular o projeto, passando a denominá-lo de Programa de Salas de Leitura, sob responsabilidade da FAE - Fundação de Assistência ao Estudante, antecessora, nessa área, das funções hoje exercidas pelo FNDE.

Os objetivos do programa eram os melhores possíveis:


Organizar um acervo atualizado e variado de livros aos alunos de 1º grau que desenvolvam a postura analítica e o senso crítico pelo oferecimento de diversas alternativas de interpretação do real, aumentando suas perspectivas de formação e crescimento cultural; atendam às necessidades de ludismo; propiciem desenvolvimento intelectual, afetivo e emocional.

Dotar as escolas de 2° grau de periódicos (revistas e jornais), assim como de outras obras de consulta, tais como dicionários e gramáticas. Criar um espaço de livre frequência pelo aluno, possibilitando a manipulação do livro sem intermediários.

Criar um ambiente físico e psicológico que faculte a descontração muscular importante à fruição do texto e prazer da leitura. Proporcionar ao professor a oportunidade de se manter informado sobre a produção editorial e atualizar-se do ponto de vista cultural e cognitivo sobre o livro infanto-juvenil.

O programa acabou naufragando no mar da burocracia. Sua execução era necessariamente transferida para Estados e municípios. Ali, sem meios de controle ou supervisão, aconteceram experiências fantásticas de funcionamento de Salas de Leitura, com professores motivados que a transformavam em uma verdadeira biblioteca escolar. Mas, inversamente - e na maioria dos casos - a Sala de Leitura virou o depósito dos livros enviados e, quando muito, tinha a presença dos já citados professores alérgicos ou com problemas psicológicos.

Sempre fui um defensor da institucionalização de sistemas de contrapartidas envolvendo os entes federativos: União, estados e municípios, com obrigações complementares pactuadas, e onde a União não atue apenas como provedora de recursos. O SUS é o exemplo de como isso pode funcionar e ser objeto de aperfeiçoamento e avaliação constante. Os estados e municípios podem não participar do sistema, como o município de S. Paulo o fez na gestão Maluf/Pitta. Mas, então, não recebem outros recursos senão os dos repasses constitucionais.

Na educação, o Fundeb caminha nesse sentido. A distribuição dos recursos é feita levando em consideração vários índices sociais e educacionais e os recursos dos estados e dos municípios. Os programas do Livro Escolar (PNLD, PNLEM, PNLD EJA, PNLD CAMPO, PNLD Obras Complementares e PNLD Dicionários), assim como o Biblioteca na Escola, obedecem a critérios de número de alunos segundo o censo escolar e o compromisso de adesão de estados e municípios.

Desses programas, o que talvez seja o mais interessante e o menos estruturado é o da Biblioteca na Escola. Mais interessante porque renova o compromisso do MEC com os livros de literatura e livros infanto-juvenis, com acervos diversificados e acesso livre aos alunos. Mais problemático porque o equacionamento da questão das bibliotecas nas escolas permanece separado da distribuição de livros.

Ora, sem um sistema de avaliação do funcionamento das atividades de incentivo à leitura, o envio de livros não escolares se transforma em uma ação de resultados incertos. A avaliação do uso dos livros escolares também é feita indiretamente quanto aos resultados de sua utilização, com os diferentes exames e avaliação do desempenho das escolas, de professores e dos alunos. (A avaliação da chegada e distribuição física dos livros escolares é mais específica). Em tese, o bom uso dos livros de literatura e referência deveria se refletir também na avaliação das escolas e dos alunos. Mas, nesse caso, o caráter indireto desses processos de avaliação torna por demais imprecisos os resultados do uso dos livros que se destinam ao estímulo a leitura mais que para o resultado escolar imediato.

Em 2010 foi promulgada a lei 12.244, que determina a exigência de que todas as escolas tenham bibliotecas escolares. Essas bibliotecas devem ter no mínimo um título por aluno matriculado em seu acervo e todas as escolas devem ter essas bibliotecas instaladas em um prazo de dez anos. A lei determina que a instituição dessas bibliotecas deve respeitar a profissão de bibliotecários, citando especificamente a já citada Lei 4084/62 e a Lei 9.674, de 1998. Essa última, na prática, reafirma os princípios corporativistas da primeira, abrindo tão somente uma exceção para bibliotecas públicas de municípios com população menor que dez mil habitantes e acervo até duzentos exemplares, que poderiam ser administradas por técnicos em biblioteconomia. Uma exceção evidentemente ridícula diante do tamanho do problema.

O maior problema da lei, entretanto, é a absoluta ausência de especificações quanto aos recursos para sua execução (não menciona nem em que âmbito federativo isso deveria se dar), e muito menos alguma vinculação entre o cumprimento da lei e contrapartidas nas transferências de recursos. E, evidentemente, não prevê nenhuma punição, sanção ou seja lá o que for para a escola - ou a unidade federativa que a mantiver, estado ou município - que não instalar bibliotecas até o prazo de 2020.

Já escrevi sobre leis inúteis e leis "que não pegam". Essa lei das bibliotecas nas escolas, tal como está formulada, infelizmente está na divisa entre as duas categorias. Está exatamente no limite entre a inutilidade mais completa e o buraco negro do "não colar", já que não indica caminhos, recursos, prêmios ou punições para estados e municípios que mantiverem escolas sem bibliotecas.

Já vi algumas situações kafkianamente absurdas nessa questão do uso de livros de literatura nas escolas públicas: livros trancados, "despejo" da biblioteca para abrir espaço para colocação de mais carteiras para mais alunos, e coisas do estilo. Infelizmente são poucos os exemplos contrários, com diretores, professores e associações de pais e mestres empenhados no bom funcionamento das bibliotecas escolares.

No fundo, entretanto, tanto a situação das bibliotecas escolares quanto das bibliotecas públicas reflete ainda uma indiferença social quanto ao assunto. A nossa sociedade já incorporou a noção de que a educação é fundamental para o desenvolvimento pessoal, além de social e econômico do país. Mas não associa as bibliotecas - as escolares e as públicas - a essa necessidade. Embora tenha havido um aumento e uma melhoria dessa percepção nos últimos anos, ainda está longe e difusa a compreensão de que, sem boas bibliotecas (na sua acepção mais ampla), não teremos boas escolas, boa educação e que, com isso, a cidadania é prejudicada.


Fonte: http://www.publishnews.com.br/telas/colunas/detalhes.aspx?id=72273

FEBAB envia carta à Ministra da Cultura

São Paulo, 15 de dezembro de 2012.

Senhora Ministra da Cultura,
A FEBAB – Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições é uma entidade que trabalha há mais de 50 anos na defesa das bibliotecas públicas e na valorização dos profissionais. Assim, participou ativamente na construção do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) por acreditar que esse instrumento é extremamente necessário para que tenhamos de fato uma política de Estado e não de Governo, que fique suscetível a mudanças e desejos particulares e/ou corporativos.
Infelizmente o que temos percebido nesta trajetória, passados quase 10 anos de construção do Plano, é que as bibliotecas públicas continuam sendo o elo mais fraco dos 4 eixos que compõem ou compunham o PNLL. Isso pode ser observado pelo montante destinado aos projetos de modernização em contraposição aos editais que beneficiam os outros eixos do PNLL, em especial à cadeia produtiva do livro.
É preciso definitivamente dotar as bibliotecas da infraestrutura necessária para que tenhamos espaços vivos, pulsantes e totalmente integrados com a comunidade, espaço de reunião das diversas mídias e das expressões artísticas, espaços de cultura. E isso garantido a todos os cidadãos.
Do montante de recursos anunciado no valor de R$ 373 milhões de reais, apenas R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) foram destinados para atender 10 projetos estaduais para beneficiar, no mínimo, 10 bibliotecas. Isso significa apenas R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para cada biblioteca. Nos anos anteriores os “kits” de modernização estavam orçados em cerca de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil) incluindo logística. Não entendemos o motivo da redução de valores se é sabido que as bibliotecas precisam ser modernizadas para se tornarem espaços atraentes e aconchegantes que permitam estimular a leitura. Além disso, há recursos disponíveis para outros programas da FBN.
Enfatizamos que as bibliotecas não são depósitos de livros, portanto somos contrários a projetos como o Programa Livro Popular, que não atende as necessidades das bibliotecas, pois os títulos disponíveis são aqueles oriundos dos estoques dos editores. É importante destacar que possuímos no Brasil profissionais capazes de selecionar os materiais necessários para o desenvolvimento das coleções, sobretudo para escolher os acervos que contenham literatura regional. Entendemos ser muito mais efetivo e eficaz o repasse dos recursos aos Estados para a aquisição dos materiais necessários, que não são apenas livros. Uma biblioteca viva também se faz pela diversidade de suas coleções, tanto no que diz respeito aos assuntos quanto aos formatos e suportes de informação.
Ainda relembrando, o mercado livreiro teve redução na sua carga tributária com o compromisso de criação de um fundo “Fundo Pró-Leitura”. Gostaríamos de ter informações sobre quais foram os passos tomados até o momento pelo MINC para a instituição desse fundo. É importante ressaltar que esse fundo seria destinado a modernização das bibliotecas e para projetos de mediação de leitura.
Destaque-se ainda que, para que o Brasil tenha um sistema forte de acesso à informação e à leitura como os existentes no Chile e Colômbia, por exemplo, precisamos dispor de recursos continuamente, caso contrário, as bibliotecas que tiveram alguma melhoria, não conseguirão manter seus serviços com o mesmo nível de excelência.
Cara Ministra, não entendemos porque um Governo de continuidade não põe em prática o que foi pactuado, discutido, publicado, referendado, um documento construído a partir de muito diálogo e trabalho. Esse documento é ignorado pelo Presidente da Fundação Biblioteca Nacional. De nada adianta constituir cargos se a essência do PNLL foi perdida, descartada. Portanto, não poderíamos nos calar perante essa situação de desrespeito ao trabalho de um grupo muito grande de pessoas.
Enfatizamos nosso pedido de audiência com a senhora para explicitarmos nossas ideias, lembrando que queremos e estamos trabalhando pela construção de um sistema de informação forte para todos os brasileiros.
Esperamos que a senhora possa analisar essa situação e aproveitamos para apresentar nossos protestos de consideração e estima.
Sigrid Karin Weiss Dutra
Presidente da FEBAB”

Fonte:
http://bibliotecadobibliotecario.blogspot.com.br/2013/02/febab-envia-carta-ministra-da-cultura.html?showComment=1361812312028

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Biblioteca é destaque nacional por ter acervo raro

Fonte: araraquara.com, 25/fev/2013

Local está entre as 33 bibliotecas de todo o Estado de São Paulo
De acordo com publicação do Guia do Patrimônio Bibliográfico Nacional de Acervo Raro, a Biblioteca Municipal Mário de Andrade está entre as 33 bibliotecas de todo o Estado de São Paulo com um significativo acervo de obras raras.
Essa inserção deve-se, segundo Célia Longobardo, gerente da biblioteca, a coleção do linguista araraquarense Pio Lourenço Correia.
“Além dos livros, a biblioteca municipal possui também alguns móveis de uso pessoal do Pio, e outras duas coleções particulares dos autores Lafayette Carvalho de Toledo e de Dorival Alves”, conta Célia. E ele completa. “Para nós, é um orgulho estar presente nesse Guia, pois mostra a qualidade do acervo que possuímos e coloca Araraquara em destaque neste quesito”, comenta.

História

A Biblioteca Municipal “Mário de Andrade” foi criada em 1942 com o incentivo de seu patrono, o escritor Mário de Andrade, que intermediou a construção junto ao prefeito da época e ajudou na composição do acervo, doando 600 livros de sua coleção particular. Hoje, a Biblioteca Municipal conta com de mais de 55 mil livros em seu acervo.


http://www.araraquara.com/entretenimento/programese/NOT,0,0,603373,Biblioteca+e+destaque+nacional+por+ter+acervo+raro.aspx

Bacharelado Biblioteconomia e Ciência da Informação na UFSCAR


O principal objetivo do Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação é formar profissionais e pesquisadores com conhecimento, competências e habilidades para discutir e solucionar questões relacionadas à seleção, à coleta, à organização, a representação, ao tratamento, à disseminação e ao acesso da informação e do conhecimento produzidos, em diferentes meios e suportes. Além disto, devem também ser aptos a propor e gerenciar os fluxos e as coleções informacionais otimizando sua recuperação de forma a potencializar suas condições de acesso e uso pela sociedade, refletindo criticamente sobre sua atuação profissional e a realidade em que está envolvido, considerando os princípios éticos de conduta que norteiam a sua profissão.

Duração do curso: 4 anos

Número de vagas: 48 por ano

Prazo para inscrição no processo seletivo: seleção através da nota obtida no ENEM, pelo sistema SISU

Diferencial do curso oferecido pela Instituição:
Considerando as características da região de São Carlos, conhecida como “Capital Nacional da Tecnologia” o curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da UFSCar possui como diferencial propiciar uma formação do bibliotecário para o trabalho com ferramental tecnológico, em sistemas de informações
tecnológicas e empresariais considerando, concomitantemente, as implicações sociais, culturais e discursivas que estão envolvidas neste contexto.

+ Informações
Tel (16) 3351-8389, das 13h às 20h
e-mail:
ccbci.ufscar@gmail.com
site: http://www.dci.ufscar.br/biblioteconomia-e-ciencia-da-informacao

Templo do livro, modelo em xeque

Fonte: O Estado de São Paulo, 23/fev/2013

A atual fase da era digital, marcada pela expansão do mercado de e-books, vem acentuando o debate sobre o destino das bibliotecas tradicionais - e o seu incontornável impacto na formação de leitores
22 de fevereiro de 2013 | 22h 50

Maria Fernanda Rodrigues
Bibliotecários do Reino Unido ficaram em polvorosa com uma recente declaração do escritor inglês Terry Deary. Autor de obras infantis e juvenis, publicadas inclusive no Brasil, ele disse: "As bibliotecas tiveram seu momento. Elas são uma ideia vitoriana e estamos na era digital. Ou mudam e se adaptam ou deverão ser fechadas. Muito da chiadeira atual é sentimentalismo". A realidade de seu país em crise, onde as bibliotecas sofrem com corte de verba e encerramento de atividades e brigam com editoras pela questão do empréstimo de e-books, é bem diferente da brasileira.

Márcio Fernandes/AE
Frequentadores da Biblioteca de São Paulo leem no papel e na tela de um e-reader
Aqui, a briga é para zerar o déficit de bibliotecas. De acordo com o Censo Nacional de Bibliotecas Municipais, de 2010, 20% das cidades não contam sequer com uma sala de leitura. O dado é ainda mais preocupante nas escolas públicas. O Censo Escolar mostrou que 72,5% ficam devendo esse espaço para seus alunos - existe uma lei que determina que até 2020 essa questão seja resolvida. Outro desafio é a conquista de novos leitores. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 75% dos brasileiros jamais pisaram numa biblioteca. O mesmo levantamento mostrou que 20% dos entrevistados frequentariam uma, se houvesse livros novos. Mas nada convenceria 33% a fazer isso.
"A biblioteca não é um organismo à parte na constituição de uma sociedade: a biblioteca é reflexo dela e responde a ela. Por isso é que temos tão poucas bibliotecas no Brasil", comenta Maria Antonieta Cunha, especialista no assunto e desde 2012 à frente da Diretoria do Livro, Leitura e Literatura, órgão subordinado à Fundação Biblioteca Nacional. Mas o Brasil é, claro, um país grande e desigual, e também no que diz respeito ao acesso a livros vive, simultaneamente, passado, presente e futuro. Enquanto uns correm para resolver essas questões básicas e urgentes, outros veem o momento em que será possível emprestar um livro digital de uma biblioteca e lê-lo no e-reader, tablet ou celular.


Isso ainda está distante das bibliotecas de obras gerais - algumas oferecerem livros em domínio público para download, mas isso é simples. É, porém, realidade para estudantes da FMU (SP), Universidade de Passo Fundo (RS) e Cândido Mendes (RJ), entre outras, que usam o serviço da Minha Biblioteca, uma plataforma criada por editoras concorrentes, mas que se uniram para desbravar esse mundo novo.

Participam do consórcio quatro das cinco maiores do segmento CTP (Científico, Técnico e Profissional): Saraiva, Atlas, Grupo A e Grupo Gen. São 4 mil títulos e 2 modelos de negócios. No primeiro, a instituição de ensino paga à Minha Biblioteca um valor mensal por aluno para que eles possam ler, quando quiserem e ao mesmo tempo, todos os títulos do acervo. No segundo, disponível a partir de abril, a universidade escolhe quais títulos e quantos exemplares deseja adquirir. Se optar por cinco exemplares de determinado e-book, por exemplo, apenas cinco alunos poderão emprestá-lo simultaneamente, tal qual acontece com o livro físico.

Quando foi criada, há 18 meses, a Minha Biblioteca já tinha concorrente: a Biblioteca Virtual Universitária, do grupo Pearson que agora conta com a parceria da Artmed, Manole, Contexto, IBPEX, Papirus, Casa do Psicólogo, Ática e Scipione. Lá, são 1.400 títulos. A Companhia das Letras, que pertence ao grupo Pearson, também está no projeto. Mas não oferece seus títulos, e sim obras em domínio público.

O impasse é que, fechando com a Minha Biblioteca ou com a Biblioteca Virtual Universitária, seus estudantes só terão acesso aos livros das editoras participantes, restringindo o uso de uma bibliografia completa e diversificada. Ideal seria que as instituições tivessem as próprias plataformas e unificassem os catálogos das editoras. Mas elas se ocupam hoje de preparar seus e-books para difundir a produção de pesquisadores e alunos. Quem quiser lê-los, basta fazer o download e já ganha o arquivo. Ou seja, uma operação um pouco diversa do empréstimo de um livro. O modelo é incipiente, mas os números da editora Unesp são animadores. Desde março de 2010, quando criou o selo digital Cultura Acadêmica, já publicou 137 títulos exclusivamente em formato digital e registrou mais de 299 mil downloads. Enquanto isso, nos Estados Unidos, Robert Darnton, diretor da Biblioteca de Harvard, e sua equipe acertam os últimos detalhes da inauguração, em abril, da gigante Biblioteca Pública Digital Americana.

De volta ao Brasil, há ainda universidades e escolas que dão tablets aos alunos - caso da Estácio de Sá. A parceria para conteúdo é da Pasta do Professor, projeto criado pela Associação Brasileira de Direitos Reprográficos para coibir as cópias, e que tem a adesão de várias editoras.

A questão da remuneração é apontada por editores como um dos principais entraves para que o empréstimo de e-book para o público em geral tenha seu início no Brasil. Este é um problema que ainda não foi resolvido nos Estados Unidos e Reino Unido. Quando muito usado, o livro físico é substituído por um novo, comprado da editora. A duração de um e-book é indefinida. Por isso, os preços do produto são mais altos. Um lançamento em e-book pode custar às bibliotecas de US$ 65 a US$ 85, pelo menos quatro vezes mais do que as livrarias vendem ao consumidor.

O imbróglio é acompanhado por casas brasileiras de fora do segmento CTP, e editoras - como a Companhia das Letras, Intrínseca, Leya e as que integram a Distribuidora de Livros Digitais (DLD), entre as quais Record e Objetiva - ainda não se mobilizam pela causa. "Não temos planos imediatos para oferecer serviços de empréstimo, mas sabemos que é uma questão de tempo", diz Roberto Feith, presidente da Objetiva e do conselho da DLD. Ele conta, porém, que a distribuidora já levantou modelos operacionais e financeiros de negócio desenvolvido pelas principais editoras globais.

"Existem modelos bastante diferentes entre si, mas ainda não há um consenso ou modelo predominante. Vamos observar essa evolução para, eventualmente, escolher a melhor solução para nosso mercado", diz. Ao seu lado nessa investigação está a Pasta do Professor.

Editoras assistem e esperam, e livrarias se agilizam. "Não podemos falar muito agora, mas certamente está no radar da Cultura oferecer serviços desse porte com a Koko. Estamos estudando", adianta Rodrigo Castro, diretor comercial da Livraria Cultura. É um projeto "para o ano", e deve incluir o aluguel da obra toda ou de capítulos. Com essa iniciativa, a Cultura dá um passo para o futuro ao mesmo tempo em que retorna às suas origens - foi emprestando livros que Eva Herz começou o negócio da família. A Saraiva, que tem o know-how do aluguel de filmes pela internet, também estuda o caso.

Enquanto isso não se realiza, a Nuvem de Livros, criada pela Gol Mobile em 2011, segue como a única biblioteca virtual para leitores que querem acompanhar as novidades literárias. O problema é que ela se restringe a clientes da Vivo ou de alguns outros parceiros da empresa. Para ter acesso a cerca de 7 mil conteúdos - livros representam 80% do acervo -, o assinante paga em média R$ 4,99 por mês. Hoje, são 400 mil usuários, mas Roberto Bahiense, diretor de Relações Institucionais, acredita que até o fim do semestre a biblioteca terá 1 milhão

http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,templo-do-livro-modelo-em-xeque,1000324,0.htm