quinta-feira, 28 de março de 2013

Prazer em Ler debate o livro e espaços de leitura em encontro anual

Belo Horizonte (MG) – Acontece na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, entre os dias 1 e 5 de abril, o Encontro Nacional do Programa Prazer em Ler – Polos de Leitura “Um por todos e todos por um Brasil de leitores!”. Promovido pelo Instituto C&A, com apoio da Fundação Municipal de Cultura da cidade, o evento pretende reunir cerca de 150 pessoas, entre membros de organizações sociais apoiadas pelo programa e público em geral. A proposta é debater questões como a leitura, o livro, a construção de acervos literários de qualidade, o papel da biblioteca e as políticas públicas voltadas para o livro, a leitura e as bibliotecas.
 
O Encontro Nacional do Programa Prazer em Ler – Polos de Leitura acontece anualmente. O programa Prazer em Ler do Instituto C&A foi criado em 2006, com o objetivo de promover a formação de leitores e desenvolver o gosto pela leitura, por meio de ações continuadas e sustentáveis e de articulações com distintos agentes envolvidos com a leitura no Brasil. Para tanto, o programa elegeu como método o trabalho em torno dos eixos acervo, mediação, espaço de leitura, comunicação, gestão e incidência em políticas públicas de leitura. As ações do Instituto C&A envolvem o apoio ao desenvolvimento de projetos em diferentes espaços institucionais, como escolas, bibliotecas, ONGs e grupos de ONGs organizadas sob o formato de polos de leitura. O programa Prazer em Ler também se dedica à disseminação da importância da leitura e de boas práticas na área e à articulação com distintos atores que atuam ou podem atuar na promoção da leitura.
 
A programação da edição 2013 do Encontro Nacional do Programa Prazer em Ler – Polos de Leitura traz painéis com escritores, ilustradores e profissionais que atuam na área do livro e da literatura. A abertura oficial do evento, que ocorre às 19h20 do dia 1º de abril, será realizada por Paulo Castro, diretor-executivo do Instituto C&A. Em seguida, o público poderá acompanhar o painel “Leitura: direito de todos”, com os escritores Affonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti.
 
No dia 2 de abril, às 14h, o encontro traz o painel “Construindo acervos literários de qualidade”, integrado por Nelson Cruz (ilustrador), Leo Cunha (escritor), Anna Maria de Oliveira Renhack (Editora Record) e Maria Zelia Versiani Machado (Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais – Ceale/UFMG). O painel tem como debatedor o jornalista Carlos Herculano Lopes.
 
 No dia 3 de abril, às 14h, o público participa do painel “O papel da biblioteca para uma sociedade leitora”, que traz Elisa Machado (Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas/Ministério da Cultura – SNBP/MinC), Marina Nogueira Ferraz (Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Minas Gerais – SEBP), Fabíola Farias (Sistema Municipal de Bibliotecas Públicas de Belo Horizonte – SMBP), Abrãao Antunes da Silva (Rede Brasil de Bibliotecas Comunitárias – RBBC) e, como debatedora, a jornalista Rosaly Senra.
 
“O leitor e suas leituras” será tema do painel do dia 4 de abril, que começa às 14h e tem como convidado o escritor Frei Betto e como debatedor Volnei Canônica, do Instituto C&A. No dia 5 de abril, último dia do evento, será realizado às 14h o painel “Brasil leitor: políticas públicas para o livro, leitura e bibliotecas”. Desta vez, os convidados são Maria Antonieta Antunes Cunha (Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL), Zoara Failla (Instituto Pró-Livro e Câmara Brasileira do Livro – CBL), Antonio Carlos Amorim (Associação de Leitura do Brasil – ALB) e um representante da União dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime. O painel terá como debatedor o gestor cultural Afonso Borges.
 
Além dos painéis, o evento traz atividades paralelas referentes ao livro e à leitura. No dia 2 de abril, às 16h30, haverá uma visita exclusiva à Biblioteca Pública Municipal de Belo Horizonte para os representantes de organizações sociais que integram os polos de leitura apoiados pelo Instituto C&A. o mesmo grupo visitará, às 16h30 do dia 4 de abril, as bibliotecas comunitárias do polo de leitura Sou de Minas, Uai! O polo foi implementado com o apoio do programa Prazer em Ler do Instituto C&A.
 
 No dia 3 de abril, às 18h30, será exibido na Academia Mineira de Letras o documentário “A palavra conta”, de Duto Sperry (Brasil, 2010), produzido para o Movimento por um Brasil Literário. Em seguida, ocorre no mesmo local a apresentação da Associação Cultural Bartolomeu Campos de Queirós (ACBCQ), por Rosa Filgueiras Vieira (ACBCQ) e o lançamento do livro “Depois do Silêncio: Escritos sobre Bartolomeu Campos de Queirós”, de Lucilia Soares e Ninfa Parreiras (org.), editado pela RHJ. As atividades paralelas do dia 3 de abril são abertas ao público em geral.


Os integrantes das organizações sociais parceiras do programa Prazer em Ler participarão, ainda, de uma série de oficinas entre os dias 2 e 5 de abril. Tais encontros serão realizados no período da manhã e abordarão os temas acervo; espaços de leitura; mediação da leitura; comunicação, gestão e incidência em políticas públicas de leitura.
 
Os interessados em participar do Encontro Nacional do Programa Prazer em Ler – Polos de Leitura podem se inscrever pelo e-mail
dpbpl.fmc@pbh.gov.br. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3277-4648.
 
A Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte fica na rua Carangola, 288, no bairro de Santo Antônio. O acesso por transporte público se dá pelas linhas 5102 e 9103 de ônibus.
 
A Academia Mineira de Letras fica na rua Bahia, 1466, no bairro de Lourdes.


Fonte: http://www.institutocea.org.br/noticias/Detalhe-noticia.aspx?id=2148

Cursos ExtraLibris


Mais informações: http://extralibris.org/

Livros digitais ajudam a revigorar bibliotecas públicas

Iniciativas são fortes em países como Estados Unidos e Reino Unido. Por aqui, ainda estamos longe da digitalização
Logo ao entrar na Biblioteca Pública de Nova York, em Nova York, os leitores encontram a frase: “A biblioteca é esperança, é conhecimento, e é poder”. Depois da recepção, podem andar pelos corredores ou ir logo ao catálogo procurar o que lhes interessa. Com o número da carteirinha de sócio, podem retirar até 12 títulos de uma vez, a qualquer hora dia, sete dias por semana. E, então, decidir se vão ler a obra no smartphone, e-reader, tablet ou no computador, além de escolher o tamanho da letra e fazer grifos usando apenas o dedo. É assim o caminho feito pelos usuários do acervo digital da instituição, acessado de qualquer dispositivo digital, pela internet. Os leitores não precisam mais ir fisicamente à entidade para pegar livros emprestados. Mas a biblioteca centenária vê sua força revigorada com a popularização dos e-books. Aumentou o número de visitantes físicos aos seus prédios depois que foram abertas as portas às estantes virtuais da instituição.

Com seus 34 mil títulos (quase 95 mil exemplares), o acervo digital ainda é muito pequeno comparado com a coleção em papel da Biblioteca Pública de Nova York, que tem quase 6 milhões de exemplares para empréstimo. Mas a demanda pelos livros digitais cresce rapidamente. “Nos últimos cinco anos, a oferta cresceu oito vezes. Todos os dias, há mais pessoas adotando a leitura eletrônica como um estilo de vida e indo à biblioteca em busca desse novo formato. São os leitores que pedem a ampliação do acervo digital”, diz Christopher Platt, diretor de coleções e operações de circulação da instituição.

Usuários de todas as idades têm interesse por esses livros, e eles são especialmente atraentes para os idosos, por permitirem ajustes no tamanho do texto. A equipe da biblioteca oferece até cursos presenciais para ensinar a usar o e-reader e instalar o software de empréstimos.

Assim como mais de 22 mil bibliotecas em diversas partes do mundo, tanto públicas quanto de escolas e universidades, a de Nova York usa um sistema chamado OverDrive, que armazena e-books em uma nuvem e oferece empréstimos por tempo limitado, variável conforme o título. Muitos deles têm filas de espera. Por isso, nenhum pode ser renovado, mas pode ser “retirado” novamente se não houver reserva.

O modelo atrai o interesse até de quem vive longe dos Estados Unidos ou do Reino Unido, dois países com grande quantidade de acervos digitais, e surge a pergunta: por que liberar o acesso apenas aos moradores de uma determinada cidade ou bairro? Por que não permitir, por exemplo, que um brasileiro possa emprestar um e-book no Texas? As instituições dizem que o impedimento é econômico, já que são os impostos locais que ajudam a sustentar as iniciativas.

Mas há iniciativas que visam a universalizar o acesso ao conhecimento – uma das características da era da internet. Em 1996, o ativista Brewster Kahle criou o chamado Internet Archive, um dos primeiros arquivos digitais gratuitos na web. Em sua descrição, o site deixa clara a posição sobre o tema: “As bibliotecas existem para preservar os artefatos culturais da sociedade e oferecer acesso a eles. Se as bibliotecas vão continuar a promover a educação nesta era da tecnologia digital, é essencial que elas estendam essas funções para o mundo digital”. Outra iniciativa, mais recente, é a da Biblioteca Pública Digital Americana, que deve ser inaugurada em abril, conforme mencionado na reportagem de ÉPOCA A prova do livro digital. O site oferecerá, gratuitamente, o acervo em domínio público de diversas bibliotecas acadêmicas dos Estados Unidos, sob a coordenação de um departamento da Universidade de Harvard.

Além do desafio de ampliar o acesso a e-books, as bibliotecas digitais sofrem para aumentar a quantidade de títulos e exemplares. Algumas editoras elevam os preços e limitam o número de vezes ou o período de tempo que cada um pode ser emprestado, porque ele não se deteriora com o tempo, como ocorre com o papel. Os contratos, então, obrigam bibliotecas a adquirir novas licenças com o passar do tempo.

Nem todas as editoras permitem empréstimos do novo formato. Acabam vendendo os títulos apenas para livrarias. No entanto, o diretor de marketing da OverDrive, David Burleigh, afirma que há sinais de mudança. Há poucas semanas, uma das maiores editoras americanas, a Macmillan, aceitou liberar e-books para bibliotecas. “Com certeza isso ajuda a popularizar o formato e aos poucos as editoras vão percebendo as vantagens da estratégia”, diz Burleigh.

Enquanto outros países discutem ampliação de acervos e do acesso, no Brasil mal há planos de investimentos na área digital e as bibliotecas lutam para manutenção dos espaços físicos. “O cenário realmente não é estimulante. Ainda faltam materiais impressos”, afirma Dulce Baptista, coordenadora do curso de Biblioteconomia da Universidade de Brasília. Mas ela é otimista e avalia que nos próximos anos o país terá políticas públicas na área que invistam em novas tecnologias. “A demanda da população fará com que isso ocorra.”

No país, quem começou a trilhar o inevitável caminho para a digitalização são as universidades. A expectativa é que esses laboratórios sirvam de referência e ajudem a promover a renovação das nossas bibliotecas públicas – antes que elas virem depósitos de livros empoeirados. A experiência da Biblioteca de Nova York mostrou que a tecnologia pode levar os livros para as nuvens e trazer os leitores de volta, no mundo real.


Fonte: http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2013/03/livros-digitais-ajudam-revigorar-bibliotecas-publicas.html

quarta-feira, 27 de março de 2013

Câmara Municipal homenageia Bibliotecárias do Ano nesta quarta-feira

Acolhendo solicitação do vereador Lineu Navarro, autor da Lei 14.194, que instituiu o Dia Municipal do Bibliotecário, a Câmara Municipal de São Carlos promove nesta quarta-feira (27) uma sessão solene para entrega dos títulos de "Bibliotecária do Ano", a Roseli Aparecida Cavichiole de Camargo e de "Bibliotecária Homenageada do Ano" a Zaira Regina Zafalon, escolhidas após consultas à categoria na cidade. A solenidade, aberta à população, será realizada a partir das 19h30, no Edifício Euclides da Cunha, sede do Legislativo Municipal.

Roseli Aparecida Cavichiole de Camargo, a "Bibliotecária do Ano" tem 21 anos de trabalho como bibliotecária na Prefeitura Municipal de São Carlos. Auxiliou na implantação do Sistema Automatizado para representação descritiva do acervo, bem como sua atualização, padronização e manutenção dos dados na Central de Processamentos Técnico do SIBI-SC bem como nas unidades, Escolas do Futuro vinculadas as respectivas EMEBs. Responsável pela inauguração das bibliotecas Carmine Botta, Dalila Galli e CAIC, que originaram as respectivas Escolas do Futuro em São Carlos e da Biblioteca Pública Municipal Izolda Mamede em Santa Gertrudes (SP).Graduada em Biblioteconomia pela Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos, com Licenciatura em Estudos Sociais pela Asser,possui pós graduação em sistemas automatizados de informação (pela PUC de Campinas) e MBA em Gestão de Unidades de Informação na Unicep.

Zaira Regina Zafalon, a "Bibliotecária Homenageada do Ano" é graduada há 20 anos atuou como bibliotecária na Escola Politécnica e na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, ambas da Universidade de São Paulo, na Universidade Nove de Julho e no Centro Universitário da FEI.Depois de quatorze anos voltou para São Carlos na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desde 2007, onde assumiu a docência no Departamento de Ciência da Informação. Doutora em Ciência da Informação pela UNESP, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, especialista em Sistemas Automatizados de Informação em Ciência & Tecnologia, em Administração, Ensino Superior e bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela EBDSC.


Fonte: http://www.saocarlosemrede.com.br/noticias/item/21513-c%C3%A2mara-municipal-homenageia-bibliotec%C3%A1rias-do-ano-nesta-quarta-feira

terça-feira, 26 de março de 2013

Mudanças no perfil de bibliotecas são alvo de estudo

As bibliotecas dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) permitiram que a leitura alcançasse locais onde antes não chegava, mas ainda precisam romper algumas barreiras e preconceitos para ampliar seu público. Essas são as principais conclusões da pesquisa desenvolvida por Charlene Kathlen de Lemos, na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Por meio de sua análise foi possível perceber ainda que ocorreu uma reconstrução social a partir das experiências de educação cidadã que os CEUs da cidade de São Paulo oferecem.

A pesquisadora, bibliotecária e moradora da periferia paulistana, sempre pensou que assim que as bibliotecas públicas fizessem parte da paisagem urbana das regiões mais extremas e pobres da cidade, os moradores dessas áreas imediatamente passariam a se apropriar desses equipamentos de forma mais ampla, visto que durante muito tempo essas regiões foram negligenciadas do acesso à biblioteca. Porém, a pesquisadora observou que a apropriação de equipamentos culturais estaria ligada a processos que vão além do simples acesso: dentre tantas coisas, era preciso desenvolver um relacionamento com a comunidade. Isso a estimulou a pensar no papel da biblioteca nas periferias, a partir das experiências das bibliotecas dos CEUs da cidade.

A dissertação de mestrado Bibliotecas dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) : a construção de uma cultura comum, orientada por Lucia Maciel Barbosa de Oliveira, analisa as relações entre a biblioteca e a cidade e entre a biblioteca e o público. Por meio das análises foi possível identificar que as bibliotecas dos CEUs em suas linhas de ação têm permitido a construção de uma biblioteca plural, no sentindo de agregar múltiplos saberes, ampliando, portanto, sua esfera de atuação. Foram acompanhadas duas bibliotecas de regiões periféricas de São Paulo.

Foi analisado de que forma as bibliotecas eram utilizadas em áreas de crise urbana como enchentes, desapropriações, mudanças de cenário e por pessoas que passavam intensas dificuldades nas áreas sociais e econômicas. “Por exemplo, em um CEU que estava localizado nas proximidades de uma favela, os pais enviavam as crianças para a biblioteca para protegê-las caso houvessem desabamentos de barracos nas épocas de chuvas”, relata Charlene, apontando relações possíveis entre a biblioteca e a comunidade.

Os bibliotecários, por sua vez tiveram seus papéis ampliados, ou seja, a partir da realidade de sua comunidade, os profissionais se viram obrigados a pensar em atividades de ações culturais que não ignorassem os problemas sociais, mas que a biblioteca servisse de espaço de reflexão e discussão para esses problemas. Se o público de uma determinada biblioteca era formado por crianças ainda não alfabetizadas, trabalhar com multiblocos de brinquedos onde elas reproduzissem a sua casa ou a casa onde gostariam de morar, eram estratégias para que, num primeiro momento, o espaço da biblioteca fosse ocupado e, a partir daí, a leitura, mesmo que ainda em sua forma oral, entrasse no dia-a-dia da população.

Papel social das bibliotecas
É direito do cidadão usufruir dos equipamentos culturais de sua cidade e, por isso, é dever do governo fornecer acesso à eles. A existência de bibliotecas nas periferias aproxima os moradores desses equipamentos, visto que o cidadão não precisará deslocar-se do seu bairro para emprestar livros ou para participar de atividades e práticas culturais. No entanto, o preço a se pagar por isso é a permanência do cidadão nas áreas de periferia. A integração com outros circuitos culturais existentes na cidade é um dos grandes desafios dos CEUs e suas bibliotecas, assim como ajudar o morador da periferia a se ver como um cidadão. É claro que essa integração também esbarra em outros problemas como as deficiências do transporte público, por exemplo.


As ações culturais promovidas pelas bibliotecas — oficinas de histórias, feiras do livro, oficinas de artesanato, cursos, debates, clubes de leitura — permitem a ampliação do público contemplado por elas, além de mostrar que a biblioteca pode e deve ser um local democrático. É do imaginário popular que bibliotecas são locais de cultura erudita, de silêncio e estudos, porém esse modelo não cabe na realidade dos CEUs. É preciso haver a troca de ideias e saberes dentro desses espaços. A educação reside na troca de diferentes ideias e culturas, segundo Paulo Freire.

No entanto, o público atingido ainda não é suficiente quando se pensa na totalidade dos moradores de periferias. A possibilidade de expansão de público reforça a ideia de que há ainda diversas barreiras a se quebrar quando se pensa nas possíveis funções sociais de uma biblioteca. É necessário mostrar a face dinâmica das bibliotecas, funcionando até mesmo como lugar de recreação para as crianças. A vivência entre livros estimula a leitura e curiosidade desde a infância. Integrar os circuitos culturais da cidade é uma boa opção para ampliar o alcance do público, respeitando as tradições e individualidades de cada bairro.

“É ilusório acreditar que a biblioteca do CEU será a grande redentora dos excluídos; não dá para apagar a realidade da rua, da habitação precária, da violência, da exploração pelo trabalho. O direito à educação, à cultura, à informação vem acompanhado de um conjunto amplo de direitos. Contudo, se a biblioteca não for esse espaço público democrático, garantindo a liberdade de informação e de cultura, integrada a realidade da cidade, ela estará fadada ao esvaziamento”, conclui Charlene.

Fonte: http://www.usp.br/agen/?p=131888

segunda-feira, 25 de março de 2013

II Semana Avarense do Livro